Padilha condena nomeação de defensor do eletrochoque no Ministério da Saúde
Antes de assumir cargo no governo Bolsonaro, o psiquiatra olavista Rafael Bernardon Ribeiro já atuou no Ministério da Saúde sob o comando de Ricardo Barros e na Secretaria de Saúde de São Paulo, na gestão de Geraldo Alckimin
Revista Fórum - O ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), condenou a nomeação do psiquiatra Rafael Bernardon Ribeiro, defensor do eletrochoque, para o cargo de coordenador-geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde. A indicação foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (18).
Para o parlamentar a nomeação não surpreende. “Não vejo surpresa na indicação, tudo a ver com um Presidente que despreza o SUS e suas políticas, nega e ataca a ciência e faz apologia ao período da ditadura”, disse à Fórum.
Padilha destaca que foi no regime militar que se disseminou “o que tivemos de pior no cuidado aos transtornos mentais”.
O titular da Subcomissão de Saúde da Câmara se comprometeu a fiscalizar de perto as ações do novo secretário do governo Bolsonaro. “Torcerei e fiscalizarei para que este senhor entenda que será o coordenador da saúde mental de todo o SUS e não um propagandista de uma terapia, segundo o próprio CFM com indicações restritas , que o mesmo tanto divulga na sua pratica profissional privada”, completou Padilha.
Antes de chegar ao governo Bolsonaro, Bernardon foi assessor da Coordenadoria de Saúde Mental da Chefia de Gabinete da Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo entre abril de 2012 e dezembro de 2018 – gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Confira a reportagem completa na Revista Fórum.
