País modelo de Eduardo Bolsonaro matou meio milhão por 'comunismo'

247 - "Em entrevista ao Estadão, o deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro contou que vai lutar para tipificar como terrorismo os atos do MST. 'Se for necessário prender 100 mil, qual o problema?', questionou o filho de Jair, que deseja transformar o comunismo em crime", escreve o jornalista Kiko Nogueira, no Diario do Centro do Mundo. O jornalista recorda a declaração do parlamentar: "É seguir o exemplo de países democráticos, como a Polônia, que já sofreu na pele o que é o comunismo. Outros países também proibiram, como a Indonésia", disse o congressista.

Segundo Nogueira, "o exemplo da Indonésia, citado por Eduardo, é ilustrativo de sua mentalidade". "Entre 1965 e 1966, o Exército acusou o Partido Comunista de estar por trás do assassinato de generais e perseguiu todas as pessoas suspeitas de pertencer ou simpatizar com a organização. A onda de repressão resultou na morte de mais de meio milhão", afirma. "O massacre foi considerado pelo Tribunal Popular Internacional de Haia, 50 anos depois, como um dos maiores genocídios do século 20, crime contra a humanidade. Parte dessa história está contada em uma dos melhores documentários políticos já produzidos: 'O Ato de Matar'".

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