Palavra "energúmeno" combina melhor com políticos que desprezam a educação, diz Mello Franco
Jornalista Bernardo Mello Franco destaca o ataque feito por Jair Bolsonaro contra o educador Paulo Freire, chamado de "energúmeno pelo ex-capitão. "A palavra não se aplica a quem dedicou a vida à causa da alfabetização. Combina melhor com políticos que desprezam a educação, a cultura e o conhecimento”, afirma
247 - O jornalista Bernardo Mello Franco destaca que “Depois de atacar uma garota de 16 anos, o presidente resolveu difamar um educador morto. Na semana passada, Jair Bolsonaro chamou a estudante Greta Thunberg de “pirralha”. Ontem ele se referiu a Paulo Freire como “energúmeno”.
O jornalista relembra que poucas horas após o insulto a ativista sueca, ‘foi escolhida a Pessoa do Ano pela “Time”’ enquanto “Bolsonaro despontava como vilão ambiental”. “A comparação com Freire também é desfavorável ao presidente. O professor foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz e recebeu 34 títulos de doutor honoris causa no Brasil e no exterior. Morreu em 1997, quando seu detrator ainda vagava no baixo clero da Câmara”, destaca.
“O dicionário “Houaiss” define “energúmeno” como “pessoa que age com violência, de forma irracional, brutal; desequilibrado, desatinado; indivíduo ignorante, boçal, imbecil”. A palavra não se aplica a quem dedicou a vida à causa da alfabetização. Combina melhor com políticos que desprezam a educação, a cultura e o conhecimento”, finaliza.
