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Para 51%, gênero não é critério relevante para indicação ao STF, mostra Datafolha

Pesquisa mostra, por outro lado, que 47% defendem a indicação de uma mulher negra para o cargo

Lula e Rosa Weber (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 - Pesquisa do Datafolha divulgada pela Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (15) aponta que para 51% dos brasileiros, o sexo é indiferente na decisão de quem deve ser indicado para uma cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Por outro lado, 47% defendem a indicação de uma mulher negra para o cargo.

O Datafolha ouviu 2.016 pessoas com mais de 16 anos, nos dias 12 e 13 deste mês, em 139 cidades brasileiras. O levantamento tem margem de erro de dois pontos para mais ou para menos. >>> "Querem transformar o Lula num Boric", diz Joaquim de Carvalho

A pesquisa revela que a perspectiva dos entrevistados varia conforme o gênero e a orientação política. Homens, por exemplo, demonstram maior indiferença quanto ao gênero da pessoa a ser escolhida. Cerca de 53% deles afirmam que tanto faz, enquanto 44% preferem uma candidata do sexo feminino. Entre as mulheres, as opiniões se dividem igualmente, com 49% para cada lado. >>> "Campanha cara essa", comenta professora de filosofia sobre tentativa internacional de pressionar Lula por mulher negra no STF

No entanto, entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL), há um desequilíbrio marcante, onde 66% manifestam indiferença, enquanto 31% inclinam-se a favor de uma candidata do sexo feminino. Entre aqueles que votaram em Lula na última eleição, 60% desejam que a escolha recaia sobre uma ministra, mas 38% não consideram relevante o gênero como critério de escolha. No estrato da classe média com renda de 5 a 10 salários mínimos, 57% entendem que o sexo não é um fator importante, ao passo que 40% defendem a seleção de uma mulher.