Para colunista do Estadão, governo Temer “derreteu”
"Tom taxativo" empregado por Michel Temer para negar as denúncias de que avalizou o pagamento de propina para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso pela Lava Jato, "não eliminou a falta de sustentação política instantânea que atingiu o governo depois da revelação das primeiras informações das delações de Joesley Batista e demais colaboradores do grupo JBS", diz a jornalista Vera Magalhães; segundo ela, "Temer adiou a renúncia, mas os desdobramentos da delação podem torná-la inexorável em poucas horas. Ele até pode refutar a literalidade das gravações, mas o derretimento político do governo não depende mais disso"
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247 - Para a colunista do jornal O Estado de São Paulo Vera Magalhães, o "tom taxativo" empregado por Michel Temer para negar as denúncias de que avalizou o pagamento de propina para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso pela Lava Jato, "não eliminou a falta de sustentação política instantânea que atingiu o governo depois da revelação das primeiras informações das delações".
"De fato, a transcrição do áudio é menos literal do que o divulgado inicialmente quanto ao suposto aval de Temer ao pagamento para calar Cunha mesmo depois de preso", afirma
"Ainda assim, o conjunto da conversa é gravíssimo e avassalador para o presidente. Ele ouve o empresário relatar crimes em série, como o pagamento de propina a um procurador da República para obstruir investigações, ou o "controle" de dois juízes com o mesmo fim, e nem sequer o admoesta. Também não toma providências posteriores. No mínimo, cometeu o crime de prevaricação", ressalta.
"Temer adiou a renúncia, mas os desdobramentos da delação podem torná-la inexorável em poucas horas. Ele até pode refutar a literalidade das gravações, mas o derretimento político do governo não depende mais disso", assegura a colunista.
Leia o artigo na íntegra.
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