Para grevistas, proposta do governo é "decepcionante"
Em reunião hoje, Ministério do Planejamento ofereceu reajuste de 15,8%, a ser pago até 2015, a servidores integrantes das carreiras do ciclo de gestão; é a mesma proposta feita ontem a 18 setores; sindicatos dizem que plano não trata de "questões relevantes"; resposta das categorias sai no próximo sábado
Sabrina Craide, da Agência Brasil– Representantes dos integrantes das carreiras do ciclo de gestão receberam do governo federal uma proposta de reajuste de 15,8%, a ser pago até 2015, a mesma que foi apresentada ontem a 18 setores do serviço público federal. Eles estiveram reunidos neste sábado 18 com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. Cada categoria vai avaliar a proposta em assembleias durante a semana e, no próximo sábado 25, haverá nova reunião com o governo.
Para o presidente da Associação Nacional de Carreiras de Planejamento e Orçamento (Assecor), Eduardo Rodrigues, a proposta é "altamente decepcionante", porque implica perda salarial de 23% desde 2008. "Com essa proposta, ficaremos mais três anos sem possibilidade de negociação, e ela não trata de várias questões relevantes, como a restruturação de algumas carreiras, eliminação de distorções e atualização de benefícios", disse Rodrigues, que representa analistas e técnicos do Ministério do Planejamento.
Os trabalhadores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já determinaram greve a partir de terça-feira (21). A proposta foi submetida à assembleia de servidores na última sexta-feira, antes mesmo da reunião com o governo. "Vamos esperar voltar aqui na semana que vem e ouvir a categoria, mas o indicativo é de greve por tempo indeterminado", informou o presidente do sindicato da CVM.
O presidente da Associação dos Analistas de Comércio Exterior, Rafael Marques, também considerou a proposta do governo fraca, por não cobrir as perdas salariais dos servidores desde 2008. A categoria vai se reunir na próxima terça-feira para avaliar a proposta do governo.
Neste momento, Sérgio Mendonça está reunido com com advogados públicos federais, que ainda não iniciaram a paralisação. Mais tarde, haverá novo encontro com representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
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