Para Mourão, não houve ditadura no Brasil, mas um 'regime autoritário'
O general Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), negou que tenha ocorrido uma ditadra militar no Brasil; "As pessoas que chamam o período de regime militar de ditadura não reconhecem o que era realmente. Era um regime autoritário, sim. Ela teve um instrumento de exceção durante dez anos, que foi o AI-5, e que não foi usado tantas vezes assim", disse; ele também voltou a insistir que outras pessoas tenham participado do ataque com faca contra Bolsonaro
247 - O general Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), minimizou a tortura contra opositores durante a ditadura militar no Brasil e afirmou acreditar que o ataque com faca sofrido pelo presidenciável durante um ato de campanha em Minas Gerais teve a participação de "um grupo". Até o momento, porém, somente o agressor Adélio Bispo de Oliveira (40), foi indiciado pela Polícia Federal pelo crime.
"Considero que as pessoas que chamam o período de regime militar de ditadura não reconhecem o que era realmente - disse o general. - Era um regime autoritário? Era um regime autoritário, sim. Ela teve um instrumento de exceção durante dez anos, que foi o AI-5, e que não foi usado tantas vezes assim", disse Mourão em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta segunda-feira (10).
Segundo ele, casos de tortura aconteceram naquele momento porque o país estava "em guerra" contra grupos que queriam impor uma "ditadura do proletariado" no Brasil. "Não era para acabar com a ditadura. Eles queriam implementar outra ditadura, que era a do proletariado. E o Estado se defendeu. Excessos houve? Sim, mas isso é guerra. E na guerra excessos acontecem", justificou. Indagado se os "excessos" seriam os casos de tortura, Mourão respondeu que sim.
Na entrevista, Mourão, que já declarou que já declarou que a população brasileira possui "certa herança" da "indolência" do indígena e da "malandragem" do africano – em função da miscigenação e da diversidade da população brasileira, negou que haja algum tipo de preconceito no país. "Não vejo preconceito no Brasil. Fiquei 50 anos numa instituição, onde isso não existe", afirmou.
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