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Brasil

Partido de Bolsonaro libera bancada do Senado para votação de Zanin ao STF

Com a decisão da cúpula do partido, os onze senadores do PL poderão votar tanto a favor quanto contra o indicado de Lula sem risco de penalidades

Cristiano Zanin (Foto: Ricardo Stuckert | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
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Agenda do Poder - O Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, não irá se opor formalmente à indicação de Cristiano Zanin, advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a colunista Malu Gaspar, do GLOBO, duas fontes da legenda confirmaram que a cúpula decidiu liberar a bancada no Senado para a votação que apreciará a escolha de Lula.

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Na última semana, Zanin realizou uma série de encontros com representantes do bolsonarismo para arrematar apoios que superem o mínimo de 41 votos necessários para ser aprovado. Com a decisão da cúpula do partido, os onze senadores da sigla poderão votar tanto a favor quanto contra o indicado de Lula sem risco de penalidades.

“Ninguém quer fazer com ele o que fizeram com o André Mendonça”, resumiu à reportagem uma fonte próxima a Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL.

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Mendonça, ex-ministro de Jair Bolsonaro, aguardou nove meses para ter sua nomeação pautada no Senado por pressão do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). O senador era contra a indicação de Mendonça e fez exigências variadas nos bastidores para colocar seu nome em votação.

Na ocasião, Lula atuou pessoalmente a pedido de aliados evangélicos para o PT não trabalhar contra a nomeação de André Mendonça, que é presbiteriano.

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O movimento garantiu ao aliado de Bolsonaro alguns votos petistas no plenário. Mesmo assim, foi o placar mais apertado para uma indicação ao Supremo em duas décadas, com 47 votos favoráveis a 32 contrários.

O ex-presidente Jai Bolsonaro não tem trabalhado por Zanin, mas adiantou como seria o comportamento do PL em relação à escolha ao fazer um comentário rápido, na semana passada. “Competência privativa do presidente”, declarou, sobre a escolha de ministros para o STF.

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A liberação da bancada contrasta com a posição do partido em outras agendas prioritárias do governo Lula pautadas no Congresso, como a medida provisória da Esplanada dos Ministérios e o projeto de lei das fake news, nas quais o PL fechou questão contra.

O partido já sinalizou que os parlamentares “rebeldes” terão suspensos seus direitos partidários, como participação em comissões na Câmara, conforme reportagem do colunista do GLOBO, Lauro Jardim.

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A votação no plenário do Senado, que está prevista para acontecer até o final de junho, é secreta. Mas, caso a bancada fechasse questão – a favor ou contra – seria possível aferir, a partir do placar final, se o PL votou unido.

Como mostramos no último sábado, Zanin trabalha para conseguir pelo menos 49 votos no plenário do Senado. Essa é a quantidade de senadores que votaram em Rodrigo Pacheco na sua candidatura à reeleição no comando da Casa, que contou com o apoio do governo. Para tal, além da base de Lula, o advogado precisa do apoio de parlamentares do PL.

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Zanin ainda enfrenta resistência de senadores como Magno Malta (ES), mas já tem o apoio de Carlos Portinho (RJ). Outros, como Rogério Marinho (RN), já sinalizaram estar dispostos a votar a favor. Além disso, o próprio Valdemar Costa Neto já teceu elogios a Zanin nos bastidores.

A atuação de Zanin impôs à operação Lava Jato sua mais dura derrota, quando o STF decretou a suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos casos que condenaram Lula. Assim, foi responsável pela tese que reabilitou o petista politicamente e abriu caminho para que ele disputasse a eleição, retornando ao Palácio do Planalto para um terceiro mandato.

O histórico agrada Valdemar, ele mesmo condenado no Mensalão. Na última segunda-feira, ele declarou que Moro e Deltan Dallagnol “pagarão caro” por terem “ultrapassado os limites da lei” na força-tarefa em Curitiba.

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