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Pastor aliado a Lula cobra mais "acenos" do petista aos evangélicos: "já passou da hora"

Paulo Marcelo Schallenberger reclama da falta de espaço na campanha petista: "o PT tem essa dificuldade, não só por eu ser evangélico, mas por ser de fora"

Paulo Marcelo Schallenberger e Lula (Foto: Divulgação)

247 - O pastor Paulo Marcelo Schallenberger, que foi chamado à equipe de campanha do ex-presidente Lula (PT) para ajudar na interlocução deste com os evangélicos, diz no jornal O Globo que "já passou da hora" de o ex-mandatário fazer acenos importantes a esta fatia do eleitorado, que hoje dá apoio a Jair Bolsonaro (PL), predominantemente. Segundo o Datafolha, Bolsonaro tem 43% das intenções de voto entre os evangélicos.

"O Lula ainda não acenou da forma como deveria. Ele precisa falar para o evangélico. Ter ao seu lado alguém que tenha um linguajar que o evangélico entenda. Ele (Lula) acha que esse público virá naturalmente, mas falta um aceno. Abrir espaço na agenda, marcar encontro com líderes ou uma live que seja. Já passou da hora", afirma Schallenberger.

Filiado ao Solidariedade e ex-aliado político do deputado federal bolsonarista Marco Feliciano (PL), o pastor lamenta falta de espaço na campanha petista. "Eu acho que falta espaço. Pela entrega que tive e intensidade que vim para ajudar, acho que poderia ter sido aproveitado melhor. Poderia fazer um pouco mais pela campanha. O PT tem essa dificuldade, não só por eu ser evangélico, mas por ser de fora (do núcleo-duro da sigla). A Janja (mulher de Lula) e o Randolfe (Rodrigues, senador) passam por isso", disse. "Mas essa é uma situação da campanha, e não do presidente. O Lula é o contrário. Ele quer somar. Ele que teve a ideia de trazer todos para uma frente ampla".

Para Schallenberger, Lula deveria sempre levar um representante dos evangélicos a seus eventos de campanha. "Ele sempre leva alguém do sindicato, dos movimentos negro, femininista e LGBTQIAP+. Seria importante ter algum representante dos evangélicos".

Apesar das portas fechadas no PT, o pastor diz ter mais diálogo com o candidato a vice-presidente na chapa de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB).

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