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Petrobrás suspende venda de 32 ativos, mas mantém privatização de unidades que tiveram pré-contrato assinados

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) lamentou a decisão, mas reconheceu que suas mobilizações foram eficazes para impedir a venda de outros ativos

Petrobrás suspende venda de 32 ativos, mas mantém privatização de unidades que tiveram pré-contrato assinados (Foto: Fernando Frazão/Ag.Brasil)

247 — O Conselho de Administração da Petrobrás decidiu suspender a venda de 32 ativos no processo de desinvestimento da empresa, mas excluiu unidades que já haviam assinado pré-contratos, como o Polo Norte Capixaba, Polos Golfinho e Camarupim, Polos Pescada e Potiguar e Lubnor.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) lamentou a decisão, mas reconheceu que suas mobilizações foram eficazes para impedir a venda de outros ativos. 

“Conseguimos, depois de muita pressão, impedir a venda de outros ativos, mas, infelizmente, o atual CA da empresa está alinhado com o governo anterior e insiste em entregar polos importantíssimos para a estatal e para o país, principalmente para o Nordeste”, destaca Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.

A FUP está realizando assembleias e aprovando um estado de greve contra as privatizações e pela mudança da gestão da Petrobrás desde o último dia 24. “Sabemos que parte de nossas conquistas hoje são fruto de toda essa mobilização e seguiremos assim”, reforça Bacelar.

Em nota, a Petrobrás informou que estudará a matéria caso a nova gestão decida propor a revisão do Plano Estratégico, mas ressaltou que a revisão não inclui os contratos pré-assinados. 

“Sabemos que é normal o plano estratégico de qualquer empresa ser revisto quando mudam os gestores, principalmente quando falamos da Petrobrás, que é uma sociedade de economia mista e exerce uma atividade econômica essencial. É absolutamente legítimo a União, como acionista majoritária da empresa, pedir a paralisação de todos os desinvestimentos da companhia, já que vão de encontro ao projeto do atual governo. Isso, inclusive, não fere a segurança jurídica”, argumenta Bacelar.

A FUP pretende contribuir para a revisão do planejamento estratégico com sete propostas para a reconstrução da empresa. “A categoria petroleira sempre esteve e estará na luta em defesa da Petrobrás, da exploração equilibrada do petróleo e do gás natural no Brasil, garantindo o desenvolvimento da indústria nacional e a geração de mais e melhores empregos em nosso país”, conclui o dirigente sindical.