PF ataca delatores que caíram em contradição em processo contra Palocci
Um relatório da Polícia Federal enviado ao juiz Sérgio Moro revela que a corporação quer acabar com benefícios de delatores que caíram em contradição no caso do processo contra o ex-ministro Antonio Palocci; documento aponta três delatores que ganharam benefícios e "em nada auxiliaram os trabalhos investigativos"; a PF se referiu especificamente ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, ao doleiro Alberto Youssef e ao operador de propinas Fernando Falcão, o Fernando Baiano – todos delatores da Lava Jato que foram contemplados com inúmeras vantagens
247 - Um relatório da Polícia Federal enviado ao juiz Sérgio Moro revela que a queda de braço entre a corporação e a Procuradoria da República em torno do alcance e da importância da delação premiada já se arrasta há meses. O documento, produzido em abril, chegou também à força-tarefa do Ministério Público Federal em Curitiba, base da Lava Jato. Ele detalha um inquérito policial que tramitou por quase dois anos, aponta três delatores que ganharam benefícios e ‘em nada auxiliaram os trabalhos investigativos’.
A PF se referiu especificamente ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, ao doleiro Alberto Youssef e ao operador de propinas Fernando Falcão, o Fernando Baiano – todos delatores da Lava Jato que foram contemplados com inúmeras vantagens. O inquérito foi aberto em 8 de julho de 2015 e mirava no ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda Casa Civil/Governos Lula e Dilma).
O petista foi preso em setembro de 2016 na Operação Omertà, desdobramento da Lava Jato. Palocci foi condenado a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em ação penal sobre favorecimento à empreiteira Odebrecht em contratos de afretamento de sondas.
O inquérito aberto em 2015, afirma a PF, em nada se relaciona à empreiteira. Neste caso, Paulo Roberto Costa relatou que teria recebido pedido de Youssef para liberação de R$ 2 milhões da ‘cota’ do PP no esquema de corrupção instalado na Petrobrás.
Segundo o ex-diretor da estatal, a solicitação teria sido feita ao doleiro pelo ex-ministro ou por ‘pessoa vinculada a este’.
No relatório, a PF narrou que Youssef ‘refutou integralmente a narrativa’ do ex-diretor da Petrobrás.
As informações são de reportagem de Julia Affonso, Fausto Macedo e Ricardo Brandt no Estado de S.Paulo.
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