PF intima Sônia Guajajara por críticas à política indigenista do governo Jair Bolsonaro

PF intimou a líder indígena e coordenadora executiva da Apib, Sônia Guajajara, no âmbito de um inquérito sobre difamação aberto a pedido da Funai. Segundo a Apib, a intimação visa criminalizar o movimento indígena através de uma perseguição política e racista promovida pelo governo Jair Bolsonaro

Coordenadora Executiva da Articulação dos Povos indígenas do Brasil (Apib), Sonia Guajajara
Coordenadora Executiva da Articulação dos Povos indígenas do Brasil (Apib), Sonia Guajajara (Foto: Jane de Araújo)


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247 - A Polícia Federal intimou a líder indígena e coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara, no âmbito de um inquérito sobre difamação aberto a pedido da Fundação Nacional do Índio (Funai). Para a Apib, a intimação tenta criminalizar o movimento indígena através de uma perseguição política e racista por parte do governo Jair Bolsonaro. A intimação foi feita no último dia 26 de abril.

Na ação, a Funai acusa Sônia Guajajara de fazer acusações difamatórias contra o governo federal na série Maracá", exibida pela internet no ano passado, que abordava os direitos dos povos indígenas e as violações contra os povos durante a pandemia da Covid-19. 

"Os discursos carregados de racismo e ódio do governo estimulam violações contra nossas comunidades e paralisa as ações do Estado que deveriam promover assistência, proteção e garantias de direitos. E agora, o governo busca intimidar os povos indígenas em uma nítida tentativa de cercear nossa liberdade de expressão, que é a ferramenta mais importante para denunciar as violações de direitos humanos. Atualmente mais da metade dos povos indígenas foram diretamente atingidos pela Covid-19, com mais de 53 mil casos confirmados e 1059 mortos", disse a Apib em nota, de acordo com reportagem do jornal O Globo

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No texto, a Apib critica diretamente a Funai e ressalta que o Supremo Tribunal Federal (STF) já reconheceu as denúncias feitas pela entidade contra a política indigenista do governo Bolsonaro. “O órgão cuja missão institucional é proteger e promover os direitos dos povos do Brasil acusa a Apib de difamar o Governo Federal com a web-série “Maracá”, que denuncia violações de direitos cometidas contra os povos indígenas no contexto da pandemia da Covid-19. Denúncias essas que já foram reconhecidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) através da ADPF 709", diz a Apib. 

"Não irão prender nossos corpos e jamais calarão nossas vozes. Seguiremos lutando pela defesa dos direitos fundamentais dos povos indígenas e pela vida!", finaliza a Apib. 

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