PF: não foi preciso cumprir mandado de condução coercitiva de Lula
Delegado da Polícia Federal (PF) Luciano Flores informou ao juiz federal Sérgio Moro que não houve necessidade de cumprir o mandado de condução coercitiva expedido pela Justiça para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestasse depoimento na 24ª fase da Operação Lava Jato; segundo o policial, inicialmente "Lula teria dito que só sairia dali algemado", mas que teria mudado de ideia após ser aconselhado por seu advogado
247 - O delegado da Polícia Federal (PF) Luciano Flores, responsável pela condução do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento na 24ª fase da Operação Lava Jato, informou ao juiz federal Sérgio Moro que não houve necessidade de cumprir o mandado de condução coercitiva expedido pela Justiça.
Segundo o relato do delegado,Lula teria dito que só sairia do prédio algemado, mas que após ser aconselhado pelos seus advogados mudou de opinião e acompanhou espontaneamente os policiais para prestar depoimento.
O delegado informou que chegou ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo (SP), às 6h. A porta teria sido aberta pelo próprio Lula, que também autorizou que os agentes cumprissem mandado de busca e apreensão.
Luciano Flores teria dito, então, para que eles saíssem do local o mais rapidamente possível para a tomada do depoimento, de maneira a evitar que o ex-presidente fosse filmado ou fotografado, conforme havia sido determinado por Moro.
"Naquele momento, foi dito por ele [Lula] que não sairia daquele local, a menos que fosse algemado. Disse ainda que se eu quisesse colher as declarações dele, teria de ser ali", contou o delegado. Flores teria alegado razões de segurança para a não realização da oitiva no apartamento e que havia um local pronto para a sua realização.
"Disse ainda que, caso ele se recusasse a nos acompanhar naquele momento para o Aeroporto de Congonhas, eu teria que dar cumprimento ao mandado de condução coercitiva que estava portando, momento em que lhe dei ciência de tal mandado", completou.
Lula então teria contactado o advogado Roberto Teixeira e "logo depois de ouvir as orientações do referido advogado, o ex-presidente disse que iria trocar de roupa e que nos acompanharia para prestar as declarações", disse.
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