PF repete Lava Jato e tenta criar ligação entre Palocci, o PT e hackers
Em reportagem na revista Carta Capital, o jornalista Glenn Greenwald revela que um grupo de agentes da Polícia Federal do Distrito Federal criou uma tese fantasiosa segundo a qual os hackers que invadiram os celulares dos membros da Lava Jato estariam a serviço de Antonio Palocci. Trata-se de repetir os métodos da Lava Jato e, mais uma vez, criminalizar o PT
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247 - Um grupo de agentes da Polícia Federal do Distrito Federal tentou emplacar uma tese fantasiosa, segundo a qual os hackers que invadiram os celulares dos membros da Lava Jato estariam a serviço de um outro mandante: o ex-ministro petista Antonio Palocci, que teria oferecido 300 mil reais em troca do acesso a informações que o favorecessem em processos.É uma tentativa que busca atacar o PT e, novamente, Lula. A ação da PF foi descoberta pelo jornalista Glenn Greenwald e publicada em Carta Capital.
A iniciativa é uma tentativa de tirar a credibilidade da Vaza Jato depois que a PF tentou incriminar sem sucesso o jornalista Glenn Greenwald e a ex-deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB-RS). As conversas entre Moro e Dallagnol revelaram que os dois violaram a equidistância entre quem julga e quem acusa. Moro era uma espécie de assistente de acusação e uma das principais consequência da sua atuação ilegal foi a anulação da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A versão da PF sobre Palocci teve como base o relato de um jovem de 19 anos que passou meses presos e conquistou o benefício da prisão domiciliar logo após delatar os amigos e o ex-ministro.
Em novembro de 2019, Luiz Henrique Molição disse ter ouvido de Walter Delgatti Neto e Thiago Eliezer, responsáveis pelo acesso aos celulares de Moro e Dallagnol, que "as invasões tiveram início para obter material que pudesse beneficiar Antonio Palocci Filho em possível negociação de acordo de delação premiada que havia sido descartada pelo Ministério Público Federal".
Trata-se de mais um capítulo de tentativa de caçada judicial contra o PT, após a Lava Jato cair no ostracismo.
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