PL vai usar recursos públicos para bancar evento de extrema direita de Eduardo Bolsonaro
Evento é organizado pelo Instituto Conservador-Liberal, criado pelo deputado federal e pelo empresário Sérgio Sant'Anna, que recebe recursos do fundo partidário

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247 - A fundação vinculada ao Partido Liberal, o Instituto Álvaro Valle, vai arcar com recursos públicos o custo de todos os ingressos, tanto presenciais quanto virtuais, da quarta edição do CPAC Brasil, evento de extrema direita inspirado na conferência homônima estadunidense. O evento, que será realizado em Belo Horizonte (MG) em setembro, foi trazido para o Brasil pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) em 2019 e desde 2021 é organizado pelo Instituto Conservador-Liberal, think tank criado pelo deputado federal e pelo empresário Sérgio Sant'Anna.
Segundo o jornal O Globo, os ingressos para os dois dias de congresso estavam sendo vendidos por R$ 249, e agora o valor pago pelos participantes que já fizeram a inscrição será reembolsado integralmente pelo CPAC Brasil.
“O Instituto Álvaro Valle é uma fundação partidária — instituições obrigatórias a que, por lei, todas as siglas devem destinar pelo menos 20% dos recursos do fundo partidário. No começo do ano, o PL tinha previsão de receber R$ 213 milhões desse fundo público em 2023. Ou seja, mais de R$ 40 milhões seriam destinados ao instituto”, destaca a reportagem.
No anúncio em que trata do subsídio dos ingressos, o CPAC Brasil não cita que a fundação é vinculada ao PL, partido liderado por Valdemar Costa Neto, e nem que os recursos são originários de fundo público.
Em 2019, a primeira edição do CPAC Brasil também teve financiamento partidário, quando foi custeado pela Fundação Índigo, ligada ao extinto antigo PSL (que se fundiu ao DEM e foi rebatizado de União Brasil). O custo aproximado do evento, realizado em São Paulo, foi de R$ 850 mil.
Ainda segundo a reportagem, auxiliares de Jair Bolsonaro não descartam que ele participe do evento de forma virtual, uma vez que ele realizou uma série de cirurgias na semana passada, em São Paulo. No ano passado, pouco antes das eleições, ele utilizou o evento para atacar as urnas eletrônicas e questionar sem provas a higidez do sistema eleitoral.
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