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Plataforma conecta profissionais trans e não-binários a empresas que buscam por diversidade

Plataforma que conecta banco de currículos às vagas de empresas parceiras foi responsável pela contratação de 797 pessoas trans em 2021

Plataforma conecta profissionais trans e não-binários a empresas que buscam por diversidade (Foto: CC.0Wikimedia - Laerte/Ilustração)

Carta Capital – Para a mulher trans advogada e empresária Márcia Rocha, 57 anos, o sucesso profissional veio ao custo de esconder sua identidade de gênero durante a adolescência e parte da vida adulta. “Eu era ‘o’ cara, mas se eu tivesse me assumido com 13 anos talvez eu não fosse nada”, conta ela, que tentou começar o processo de transição aos 13 mas só pode dar continuidade aos 39 anos. “Eu não teria acabado o colegial, não teria feito faculdade, talvez nem estivesse viva.”

Em julho do ano passado, a vida de Keron Ravach, de 13 anos, valeu menos de 50 reais. A jovem trans foi assassinada a pauladas, chutes e socos em Camocim, região Norte do Ceará, ao tentar cobrar uma dívida após um encontro sexual que teve com o assassino, um jovem de 17 anos. Keron foi encontrada morta em um terreno baldio no Bairro Apossados.

Segundo levantamento quantitativo da Associação Nacional de Travestis e Transsexuais, a ANTRA, Keron Ravach é a vítima fatal mais jovem do crime de transfobia e integra o registro de 140 pessoas trans assassinadas no ano de 2021. Esse ciclo de violência afeta principalmente mulheres trans e travestis, para as quais a morte costuma ser o ponto final de uma série de violências anteriores.

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