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PM mostra ter mais juízo do que o TJ

Polícia Militar mostrou abertura ao diálogo ao liberar, neste sábado, a Marcha da Liberdade, vetada pela Justiça

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Por Fernando Porfírio

 

247 – A Polícia Militar mostrou neste sábado que tem mais juízo que a

Justiça ao liberar a Marcha da Liberdade. Depois de uma reunião com

manifestantes, o comando da PM fechou acordo para que os integrantes

da marcha realizem o ato que foi marcado para as 16h.

 

A marcha foi liberada com a condição de que não seja feita referência

ao uso de drogas ou a liberação do aborto. A PM vetou o uso de faixas,

cartazes e camisetas que façam apologia a qualquer ato criminoso.

 

Na sexta-feira (27), o Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu a

Marcha da Liberdade. O desembargador Paulo Rossi afirmou que o novo

movimento é a reedição do anterior sob outro nome. Ele se referia a

Marcha da Maconha, que foi proibida pelo seu colega Teodomiro Mendez.

 

Dessa forma, os argumentos que embasam a nova decisão do TJ-SP são os

mesmos: a passeata faria apologia ao crime e incitaria ao uso de

drogas.

 

O advogado Raul Ferreira, que representou os organizadores, mostrou-se

preocupado com os efeitos da nova proibição. “Com uma decisão dessas,

corre-se o risco de se produzir mais violência”, afirmou o advogado.

 

Na semana passada, diante da proibição da Marcha da Maconha, os

manifestantes resolveram marchar pela liberdade de expressão e foram

reprimidos pela Polícia Militar (PM), com uso de bombas de efeito

moral, gás pimenta e outras armas não letais.

 

A violência do confronto levou o governador Geraldo Alckmin condenar a

ação policial e o comando da PM afastar dois tenentes por excessos. A

Guarda Civil Metropolitana também abriu investigação para apurar a

conduta dos guardas.

 

“É uma decisão absurda, sem cabimento. É uma marcha que vai reunir

todos os grupos marginalizados que lutam por direitos em São Paulo”,

afirmou o advogado Raul Ferreira ao comentar a decisão do Tribunal de

Justiça.

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