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Polêmica deve forçar acareação de Costa e Youssef

Sugestão de acareação entre Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa partiu do próprio doleiro para esclarecer as "discrepâncias" entre os depoimentos dos dois sobre o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci; a questão, no entanto, foi descartada em audiência entre procuradores da República e delegados da Polícia Federal que atuam na Lava Jato, além de advogados do doleiro; segundo os procuradores, o defensor de Youssef, Luiz Gustavo Flores atacou a proposta, sugerindo que ela poderia trazer complicações: "É a teoria bosta seca: mexeu, fede"; as contradições entre os depoimentos prestados em delação premiada serão exploradas nas defesas de políticos acusados pela força-tarefa, na tentativa de enfraquecer as acusações do Ministério Público

Sugestão de acareação entre Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa partiu do próprio doleiro para esclarecer as "discrepâncias" entre os depoimentos dos dois sobre o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci; a questão, no entanto, foi descartada em audiência entre procuradores da República e delegados da Polícia Federal que atuam na Lava Jato, além de advogados do doleiro; segundo os procuradores, o defensor de Youssef, Luiz Gustavo Flores atacou a proposta, sugerindo que ela poderia trazer complicações: "É a teoria bosta seca: mexeu, fede"; as contradições entre os depoimentos prestados em delação premiada serão exploradas nas defesas de políticos acusados pela força-tarefa, na tentativa de enfraquecer as acusações do Ministério Público (Foto: Roberta Namour)

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247 – Após a polêmica da ‘bosta seca’, a acareação entre Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, proposta pelo próprio doleiro, deve acontecer para esclarecer as "discrepâncias" entre os depoimentos dos dois sobre o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci e o senador Edison Lobão (PMDB-MA).

A questão foi levantada em audiência entre procuradores da República e delegados da Polícia Federal que atuam na Lava Jato, além de advogados do doleiro. Segundo os procuradores, a proposta de acareação feita pelo próprio doleiro teria sido descartada pelo defensor de Youssef, Luiz Gustavo Flores. Ele teria atacado a sugestão sugerindo que ela poderia trazer complicações: "É a teoria bosta seca: mexeu, fede".

O jornalista Elio Gaspari alerta que os erros do MPF podem anular a Lava Jato. "Desde o início da Lava-Jato tudo o que os larápios precisam é de um tumulto no inquérito. Eles sabem o que fizeram. Só um louco poderia esperar por uma absolvição na primeira instancia. Tudo o que se precisa é intoxicar o processo", afirma.

As contradições entre os depoimentos prestados em delação premiada serão exploradas por advogados de políticos acusados pela força-tarefa da Operação Lava Jato, na tentativa de enfraquecer as acusações do Ministério Público.

Paulo Roberto afirma que autorizou Youssef a repassar R$ 2 milhões à campanha presidencial de Dilma, em 2010, a mando de Palocci. Youssef, por sua vez, negou que tenha arrecadado para aquela campanha petista e disse que não foi procurado pelo político.

O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, disse que, necessariamente, um dos delatores está mentindo – o que pode anular o acordo de delação.

No caso de Lobão, Paulo Roberto disse que o então ministro de Minas e Energia requisitou R$ 2 milhões para a campanha da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB-MA). Ele, então, pediu que Youssef arrumasse o dinheiro.

O doleiro, por sua vez, nega que tenha feito qualquer transação envolvendo Lobão ou Roseana –e acrescentou que o ex-diretor de Abastecimento pode ter se confundido, solicitando a transação a outro operador do esquema.

"Nesse caso, as contradições foram muito fortes", afirma o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende Lobão das acusações da Lava Jato. O advogado diz que entrou com um agravo regimental no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo o arquivamento do caso. Para ele, a palavra de Paulo Roberto –que fundamenta boa parte da acusação– "vale pouquíssimo".

Leia aqui reportagem da ‘Folha de S. Paulo’ sobre o assunto.

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