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    Polícia investiga golpe do teatro em São Paulo

    Inqurito aberto apura denncias de associados do Clube do Teatro Brasil; delegado Paulo Roberto Robles acredita que responsabilidade pelas informaes erradas dos agentes autnomos tambm da empresa; gerente do clube assegura ao 247 punio para vendedores que erram

    Polícia investiga golpe do teatro em São Paulo (Foto: 247)
    Gisele Federicce avatar
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    Diego Iraheta _247 - O golpe do teatro, denunciado aqui no Brasil 247, está na mira da Polícia Civil de São Paulo. Além da "gigantesca" investigação iniciada pelo Procon, o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania já abriu inquérito para apurar casos de consumidores induzidos a erro por vendedores do Clube do Teatro Brasil (CTB). No Procon e pela internet, centenas de paulistas relatam que foram enganados por agentes do CTB nas ruas. Eles preencheram um formulário que, na verdade, era um contrato anual. Sem saber, assumiram compromisso de pagar 12 prestações mensais por uma revista que dá desconto em atrações culturais de São Paulo.

    O delegado divisionário de Infrações contra o Consumidor, Paulo Roberto Robles, desconfia do volume de reclamações contra o Clube do Teatro Brasil. “Ao multiplicar o número de pessoas que se sentem enganadas por assinar um documento – que era contrato e não cadastro, há não apenas uma violação contra o Código de Defesa do Consumidor (ler abaixo), mas pode haver também um crime contra a ordem econômica”, observa. De acordo com a Lei 8.137/90, induzir consumidores a erro é crime contra as relações de consumo – um crime cuja pena varia de dois a cinco anos de cadeia.

    De acordo com o delegado Robles, a empresa tem responsabilidade pela dor de cabeça dos associados – mesmo que o golpe seja aplicado por agentes autônomos. “Com essa gama muito grande de pessoas se queixando do mesmo problema, presume-se que não tenha sido um só vendedor, mas vários vendedores com a mesma conversa”, analisa. É a repetição de casos semelhantes que acaba complicando a direção do Clube do Teatro Brasil. “Entendo que ou os vendedores foram orientados no sentido de enganar o consumidor ou foram mal-orientados”, conclui o delegado, há quase 30 anos atuando na Polícia Civil.

    Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços (Código de Defesa do Consumidor) 

    Reviravolta! Clube do Teatro Brasil pune vendedores que “erram”

    Responsável pelo treinamento dos vendedores, o gerente do Clube do Teatro Brasil disse ao 247 que implementou regras mais duras para os agentes autônomos. Josino Moraes explica que todas as denúncias recebidas pela empresa refletem num melhor atendimento ao associado. “Eu sempre peço para a pessoa passar um fax com o ocorrido. A gente pergunta quem foi o vendedor e aí tenta localizar o erro.”

    O clube começou a aplicar punição para os vendedores que “erram”. A direção reduz o número de revistas fornecidas para o representante vender. Isso acaba virando um desestímulo para os agentes autônomos que acumulam reclamações. “Nosso quadro de vendedores diminuiu de 42 para 22”, revela o gerente do Clube do Teatro Brasil.

    Em relação aos vendedores atuais, Josino tem total confiança. “São pais de família, responsáveis, todos acima de 23 anos. A gente treina todo mês na hora de entregar a revista”, descreve. “A gente está melhorando, fazendo diminuir as reclamações.” 

    Previna-se para não cair em ceninha

    O Brasil 247 lista algumas orientações do Procon e da Polícia Civil para você não cair no golpe do teatro:

    + Antes de assinar qualquer documento, leia tudo atentamente

    + Nunca assine nenhum papel em branco

    + Se tiver qualquer dúvida sobre a natureza do que está preenchendo – se é cadastro, formulário, contrato – não assine

    + Antes de fechar qualquer compra, pergunte tudo ao vendedor – a informação é direito básico do consumidor

    + Sempre que se sentir enganado em uma venda, procure a polícia

    A Divisão de Investigações Sobre Infrações Contra o Consumidor fica na Avenida São João, 1247, no centro de São Paulo.

    O plantão funciona 24 horas.

    Os telefones são: (11) 3331-8969 ou (11) 3224-8480.

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