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Por dentro da mente do assassino

O atirador Wellington Menezes de Oliveira parecia apenas tmido, recluso e esquisito; ao matar a tiros 12 crianas inocentes na escola Tasso da Silveira, onde estudou, mostrou-se esquizofrnico, impiedoso e covarde; um monstro

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247 – Filho adotivo, sem amigos, recluso. Sua mãe natural tinha problemas mentais. A adotiva, morreu há um ano e meio. Sem ter conhecido o pai biológico, Wellington Menezes de Oliveira, o assassino da escola em Realengo, mal se relacionava com os quatro irmãos que ajudaram a criá-lo. Nos bairro que manchou de sangue inocente, onde cresceu, e no de Sepetiba, no qual passou a viver sozinho nos últimos tempos, não tinha amigos. Namorada? Nenhum vestígio. Demitiu-se do emprego numa fábrica de salsichas, onde os chefes ainda lembram de sua “mudança de comportamento”. Deixou a barba crescer ao estilo de Osama Bin Laden, só cortada cinco dias atrás. Virava madrugadas navegando na internet, atrás de informações sobre armas e memórias de ataques covardes. A um dos irmãos de criação, chegou a contar que admirava os terroristas que em 11 de setembro de 2011 lançaram dois aviões contra as Torres Gêmeas, em Nova York.

“Ele era fechado, esquisito, e foi ficando cada vez mais assim”, lembrou uma das irmãs. Na escola onde matou 12 crianças, entre 13 e 15 anos de idade, em muitas delas chegou a encostar o cano de um de seus dois revólveres antes de disparar. Ali fora aluno. Fez o curso fundamental entre 1999 e 2002. Não repetiu de ano. Pelos relatos, na trágica quinta-feira 7 uma das antigas professoras chegou a lembrar dele, certamente com algum carinho. Segundos depois, ele começou a disparar. Especialistas dizem que, talvez, por até cem vezes.

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Impressionou pela frieza e premeditação. Na casa de altos em que vivia, queimou o computador, destruiu móveis e objetos. Sabia que seu endereço seria facilmente encontrão, mas agiu para mutilar provas. E vestiu-se para matar, com roupas de combate, luvas pretas, cinturão cheio de balas e um acessório mortal sofisticado, o speedloader. Com ele, recarregou mais rapidamente seus revólveres calibres 38 e 32. Certamente os adquiriu com facilidade. O 38 com numeração raspada. O 32, como foi identificado pela polícia, no comércio negro, uma vez que fora roubado do proprietário mais de dez anos atrás. O assassino, peça por peça, sem pressa, preparou-se para cometer a barbárie.

“Ele é um esquizofrênico que sabia o que estava fazendo”, disse a Brasil 247 uma das maiores autoridades do País na compreensão da mente dos assassinos, o psiquiatra Talvane Marins, ex-diretor da Polícia Técnica do Rio. O coronel Djalma Beltrame classificou o atirador como “alucinado mental com características de fundamentalista religioso”. Ambos estão certos. Assim como quem diz que o assassino era um covarde, que ao primeiro sinal de dificuldade – o tiro disparado pelo sargento Márcio Alves, que atingiu sua perna --, escolheu a fuga, o suicídio, quando, ainda bem armado, poderia enfrentar alguém em condições semelhantes de ação. Na carta que deixou, mais covardia. Pede que Deus o perdoe, enumera recomendações sobre como deveria ser o procedimento em seu enterro, diz querer ser enterrado ao lado da mãe adotiva. Ridiculamente auto-piedoso. A extrema frieza e desamor pelo outro, o mais inocente outro, a criança indefesa, são outras características que ressaltam. “Ele encostava o revólver na cabeça de quem pedia para ele parar. E disparava”, narrou uma menina sobrevivente. Wellington era um bárbaro que só aparentemente parecia um tímido. Foi um impiedoso, inescrupuloso, indesculpável monstro.

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