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Brasil

Porto Alegre, capital dos indignados

Comea hoje Frum Social Temtico, brao do Frum Social Mundial, na capital gacha; aproximadamente 30 mil pessoas vo discutir rumos do mundo diante da crise do capitalismo; o potencial da internet como rede de ao poltica e comunicao horizontal um dos chamarizes do FST

Porto Alegre, capital dos indignados (Foto: Divulgação)
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Diego Iraheta _247 - De volta ao seu berço, começa hoje o maior encontro de nações em desenvolvimento – o contraponto à reunião dos países ricos em Davos. O Fórum Social Temático (FST), braço do Fórum Social Mundial, criado em 2001, será realizado em Porto Alegre. A principal missão das cerca de 30 mil pessoas que devem participar do FST é discutir a crise do capitalismo e garimpar meios de reduzir a desigualdade social e os danos ambientais, frutos do regime capitalista. O 247 faz cobertura especial do Fórum Social Mundial, em parceria com o jornal Sul 21.

Na tarde desta terça-feira, 24, ativistas e intelectuais do Brasil e de várias partes do mundo iniciam a tradicional marcha de abertura do evento. Defensores de “um outro mundo possível” – lema da primeira edição do Fórum em 2001, os milhares de manifestantes sairão da Avenida Borges de Medeiros rumo ao Gasômetro, um dos cartões-postais de Porto Alegre, às margens do Rio Guaíba. A rota de cinco quilômetros é apenas simbólica; representa o quanto ainda é necessário trilhar para garantir justiça social em países da América Latina e África – da onde vem grande parte dos expoentes do Fórum.

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A programação, que segue até o domingo, 29, vai contar com atividades promovidas por movimentos sociais, ONGs e centrais de trabalhadores. Serão incontáveis debates, oficinas e apresentações culturais. Uma das principais discussões será o papel da internet na busca de uma horizontalidade na comunicação.

A Comissão de Comunicação do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial (FSM) decidiu mobilizar gestores de redes e desenvolvedores de software para fomentar novas formas de relacionamento dentro dos movimentos sociais. A bandeira do FSM é estabelecer diálogos para construir uma efetiva comunicação em rede entre todos os representantes e participantes do fórum.

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“Interessam ao processo do Fórum as práticas comunicativas das juventudes, dos indignados aos manifestantes da primavera árabe, dos estudantes chilenos aos que ocupam as extensões de Wall Street pelo mundo afora”, descreve nota oficial da comissão. Alinhado ao conceito de uma nova realidade – possibilitada pela ação, senão uma revolução, o FSM vai empreender grandes esforços na utilização das tecnologias de compartilhamento e de redes sociais para organizar os indignados e lutar por melhoras na realidade social do mundo.

Esse incentivo ao diálogo em rede vai ser testado no FST em Porto Alegre. Não só a internet é vista como uma plataforma de intersecção e empoderamento das minorias ou maiorias historicamente excluídas do “mainstream político”. O fortalecimento do sistema de rádios comunitárias do País é também uma alternativa à comunicação hegemônica e unilateral, operada sempre pelas mesmas empresas e, claro, defendendo interesses muitas vezes mais corporativos do que coletivos.

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De acordo com o representante da Colivre (BA), Vicente Aguiar, o Fórum deve buscar uma comunicação mediada por plataformas autônomas, de forma a integrar um mesmo protocolo que “conecte todas essas redes... numa grande rede social descentralizada”.

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