Posição de Bolsonaro sobre nazismo racha comunidade judaica no Brasil
A Confederação Israelita (Conib) realizou evento no último fim de semana em que ficou patente a divisão da comunidade judaica em torno da posição sobre o governo de Jair Bolsonaro. O embaixador de Israel, Yossi Shelley, se recusou a comparecer em jantar da Conib por discordar das críticas da entidade ao titular do Planalto. A entidade discorda da opinião de Bolsonaro de que o nazismo foi um movimento "de esquerda"
247 - A Conib (Confederação Israelita do Brasil), realizou sua 50ª convenção no fim de semana passado em meio a um clima de cisão que domina a comunidade judaica desde a chegada de Jair Bolsonaro ao poder, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna.
O embaixador de Israel, Yossi Shelley, nem sequer compareceu por causa das críticas da entidade a Jair Bolsonaro.
Outras personalidades da comunidade tampouco compareceram, como os empresários Meyer Nigri, da Tecnisa e Eli Horn, da Cyrella, além de Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação do governo Bolsonaro.
O embaixador de Israel afirma que o presidente da Conib, Fernando Lottenberg, “tem uma agenda política própria”, fala mal de Bolsonaro e “a comunidade [judaica] não gosta disso”. Yossi Shelley faz a apologia das relações entre o governo Bolsonaro e Israel. “Temos hoje relações excelentes entre o Brasil e Israel. Para que destruir isso agora?”, questiona.
Por outro lado, Lottenberg diz que a comunidade judaica “é plural” e que a Conib busca “representar a todos”. A entidade é crítica à posição de Bolsonaro de considerar o nazismo ocmo um movimento “de esquerda”.
O Museu do Holocausto, em Israel, já afirmou que o nazismo foi um movimento de direita, aponta a coluna.
