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Possível denúncia contra Lula sobre sítio “é muito grave”, dizem advogados

Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, advogados do ex-presidente, dizem em nota que a informação divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo neste sábado, de que membros do MPF teriam antecipado que pretendem apresentar denúncias em série contra o ex-presidente Lula sobre o sítio em Atibaia, se confirmada, "representará um verdadeiro atentado à Constituição Federal"

Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, advogados do ex-presidente, dizem em nota que a informação divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo neste sábado, de que membros do MPF teriam antecipado que pretendem apresentar denúncias em série contra o ex-presidente Lula sobre o sítio em Atibaia, se confirmada, "representará um verdadeiro atentado à Constituição Federal" (Foto: Gisele Federicce)
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247 – Os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, que defendem o ex-presidente, divulgaram uma nota neste sábado 23 em resposta a uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que informa que membros do Ministério Público Federal teriam antecipado a jornalistas que pretendem apresentar denúncias em série contra Lula sobre o sítio em Atibaia, interior de São Paulo.

"Tal conduta, se confirmada", aponta os advogados, "é muito grave" e "representará um verdadeiro atentado à Constituição Federal, pois alguns membros do MPF estarão utilizando de um amplo poder que lhes foi conferido para ferir a dignidade de pessoas e para tentar subverter o princípio da presunção de inocência, não só mediante a formulação de denúncias contra pessoas que sabem serem inocentes, mas ao darem publicidade antecipada a esse ato".

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Leia abaixo a íntegra:

Nota

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Em relação à reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S.Paulo", intitulada "Denúncia do sítio de Atibaia (SP) será primeira acusação contra Lula na Lava Jato", é preciso esclarecer o seguinte.

Toda a documentação relativa à compra do sítio Santa Bárbara, inclusive com a origem dos recursos utilizados, foi apresentada ao Ministério Público Federal por Fernando Bittar em 18/03/2016.

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O MPF tem conhecimento, em virtude de provas documentais, de que (i) o sítio foi comprado com recursos provenientes de Jacó Bittar e de seu sócio Jonas Suassuna; (ii) que Fernando Bittar e Jonas Suassuna custearam, com seu próprio patrimônio, reformas e melhorias no imóvel; (iii) que Fernando Bittar e sua família frequentaram o sítio com a mesma intensidade dos membros da família do ex-Presidente Lula, estes últimos na condição de convidados.

O ex-Presidente Lula e seus familiares foram submetidos a uma ilegal devassa por decisões do juiz Sérgio Moro, a pedido do MPF. A despeito disso, não conseguiram localizar qualquer elemento concreto que pudesse embasar uma acusação — seja em relação à propriedade do imóvel, seja em relação às reformas feitas no imóvel.

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Lula também prestou diversos depoimentos ao MPF e à Polícia Federal, nos quais demonstrou que não é proprietário direto ou indireto de imóveis situados em Atibaia (SP) ou no Guarujá (SP).

É muito grave, especialmente diante do histórico acima, a informação de que alguns membros do MPF, inclusive da sua principal estrutura, teriam antecipado a jornalistas de "O Estado de S.Paulo" que pretendem apresentar denúncias em série contra o ex-Presidente Lula, seus familiares e amigos.

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Tal conduta, se confirmada, representará um verdadeiro atentado à Constituição Federal, pois alguns membros do MPF estarão utilizando de um amplo poder que lhes foi conferido para ferir a dignidade de pessoas e para tentar subverter o princípio da presunção de inocência, não só mediante a formulação de denúncias contra pessoas que sabem serem inocentes, mas ao darem publicidade antecipada a esse ato.

Configurará, ainda, um atentado a Tratados Internacionais dos quais o Brasil é signatário, que asseguram, dentre outras coisas, o direito à integridade pessoal — física, psíquica e moral — e a presunção de inocência, inclusive como regra de tratamento, impedindo que seja feito qualquer juízo moral antecipado, fundado em situações juridicamente ainda não definidas.

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Deve ser lembrado, ainda, que no último dia 31/03/2016 o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o pedido de liminar da Reclamação nº 23.547, determinou a remessa para aquela Corte de todos os processos e procedimentos envolvendo o ex-Presidente Lula que estavam sob a presidência do Juiz Sérgio — já apontando a ilegalidade de alguns procedimentos que foram adotados por esse magistrado na colheita de provas. Todos esses processos e procedimentos tramitam em segredo de justiça, por força de decisão proferida pelo Ministro Teori Zavascki.

Por isso, caso a informação publicada pelos jornalistas de "O Estado de S.Paulo" seja confirmada, serão tomadas todas as providências para restabelecer as garantias constitucionais e aquelas estabelecidas nos Tratados Internacionais e, ainda, para que sejam punidos todos os agentes que, independentemente do cargo de ocupam, insistem em desrespeitar o segredo de justiça e as medidas estabelecidas pela mais Alta Corte do País.

Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira

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