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Brasil

Prefeito de Manaus culpa Bolsonaro por baixo isolamento social e chora em entrevista (vídeo)

Em entrevista à CNN, Arthur Virgílio disse que Bolsonaro foi eleito para levar o País a um porto seguro e não para o buraco. "Se mantenha em casa, faça o que o bom senso manda. Salve a vida de muitos compatriotas seus"

(Foto: Mario Oliveira / Semcom)
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247 com Sputnik - O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), se emocionou nesta sexta-feira, 1º, ao criticar Jair Bolsonaro por apoiar o relaxamento das medidas de isolamento social. 

Em entrevista à TV CNN Brasil, Virgílio disse que Bolsonaro foi eleito para levar o País a um porto seguro e não para o buraco. "Se mantenha em casa, faça o que o bom senso manda. Salve a vida de muitos compatriotas seus", disse Virgílio. 

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Arthur Virgílio disse que o isolamento social na cidade e no estado do Amazonas fracassou, em parte por culpa de declarações do presidente Jair Bolsonaro.

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Além disso, afirmou que se a situação não melhorar, pode propor ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), a adoção do lockdown, ou seja, uma quarentena mais rigorosa, nos moldes das implementadas em países como a Itália. 

Virgílio Neto também se responsabilizou pela baixa adesão às medidas de distanciamento social verificadas em Manaus. 

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"A realidade é que eu fracassei em relação ao distanciamento social. Fracassei assim como o governador e todo mundo que está a favor do distanciamento social. Fracassamos perigosamente. Por isso que vamos, ainda nesta semana, dar início a uma campanha de mídia pesada para tentar convencer as pessoas a aderirem ao isolamento", disse o prefeito em entrevista para o jornal O Globo. 

'Pregação do presidente'

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O tucano apontou duas razões para a população não respeitar a quarentena. A primeira, seria cultural: "Acho que há um fator cultural. Meu secretário de obras anda pelas periferias e ouve as pessoas dizendo que a Covid-19 é doença de rico, que não vai pegar em pobre, no caboclo. Mas elas estão vendo as pessoas morrendo". 

Outro motivo, segundo Virgílio Neto, são as declarações do presidente contra o isolamento social: "Outro fator é a pregação do presidente Jair Bolsonaro contra essas medidas. Ele diz que precisamos salvar a economia, mas nunca vi salvar a economia com gente doente". 

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Além disso, o prefeito criticou o governo federal por não destinar mais equipamentos e recursos para Manaus lidar com a epidemia da COVID-19. 

A capital do Amazonas é uma das cidades do país mais afetadas pela epidemia do novo coronavírus, com sistema de saúde à beira do colapso. 

'Fecha tudo. Radicalizar mesmo'

O político do PSDB disse que se a situação se agravar, com crise sanitária e baixa adesão ao isolamento, recomendará o lockdown ao governador do estado. O Amazonas tem 5.254 casos confirmados da Covid-19, com 425 mortes, segundo boletim do Ministério da Saúde de quinta-feira (1º).

"Se nada mudar, eu vou recomendar ao governador que decrete a quarentena, o chamado lockdown. Fecha tudo. Radicalizar mesmo. Vamos salvar as pessoas mesmo que elas não queiram ser salvas. Lá na frente, elas vão poder avaliar se tomamos as medidas certas ou não. Mas primeiro elas precisam estar vivas", argumentou.

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