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Presidente do STJ libera rainha do bicho

A baiana Maria Teresa Carvalho Luz ficar livre at o retorno do julgamento de seu habeas corpus, que s deve acontecer depois de fevereiro; ela foi flagrada na operao Dedo de Deus (foto), da Polcia Civil do Rio

Presidente do STJ libera rainha do bicho (Foto: GUTO MAIA/AGÊNCIA ESTADO)

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Fernando Porfírio _247 – O presidente do STJ, ministro Ari Pargendler, concedeu salvo conduto a empresária baiana Maria Teresa Carvalho Luz. Ela foi flagrada na operação “Dedo de Deus” da Polícia Civil do Rio. A empresária é acusada de revolucionar o jogo do bicho no Rio de Janeiro, transformando-o em jogatina virtual. O ministro determinou que Maria Teresa aguarde o julgamento do habeas corpus em liberdade, o que só deverá acontecer depois de fevereiro.

A defesa sustenta que Maria Teresa não era sócia da empresa Projeta Tecnologia & Projetos Ltda, empresa com sede em Salvador (BA), na época dos fatos criminosos investigados pela polícia carioca. A Projeta é acusada de fornecer suporte técnico e prestação de serviços para o jogo do bicho. De acordo com a polícia, a empresa é a responsável pelas máquinas leitoras de cartões usadas para manipulação dos jogos.

O Ministério Público acusa 44 presos a prática de diversos crimes como homicídios, corrupção, violação de sigilo funcional, crimes contra a economia popular e lavagem de ativos. O objetivo do bando seria “viabilizar e assegurar a livre manutenção de estruturas de exploração do jogo do bicho e obter grande e contínuo benefício econômico”. A empresa baiana teria desenvolvido um sistema para recolhimento das apostas em máquina semelhante à de cartão de crédito.

Entre os denunciados pelo MP, estão Aniz Abraão David, presidente de honra da escola de samba Beija-Flor, Luizinho Drumond, presidente da Imperatriz Leopoldinense e Helinho de Oliveira, presidente da Grande Rio. Drumond seria responsável pelas apostas na região portuária e Oliveira, em Duque de Caxias.

Uma semana depois, a Polícia Civil do Rio apreendeu cerca de R$ 3 milhões na casa do empresário Adilson Coutinho de Oliveira, tio do bicheiro Hélio Ribeiro de Oliveira, o Helinho da Grande Rio, um dos foragidos da Operação Dedo de Deus. A investigação busca alguns dos principais chefes da contravenção fluminense. Além do dinheiro em moeda nacional foram encontrados joias e 2,9 mil euros.

Bicho eletrônico

As investigações realizadas pela Polícia Civil apontam a modernização do jogo do bicho por meio do uso de máquinas on-line e portáteis, semelhantes às máquinas de cartão de crédito, para recebimento de apostas e transferência dos dados para as centrais de apuração.

O novo sistema permite a operação remota do esquema e o acompanhamento em tempo real das apostas, com a identificação do apontador e do valor apostado. Investigadores apontam ainda uma possível manipulação dos resultados dos jogos para limitar a quantidade de ganhadores.

Segundo a Polícia Civil, o sitema foi desenvolvido pela Empresa Projeta Tecnologia & Projetos Ltda, sediada na Bahia, e que tem como sócios os denunciados Carlos Eugênio Dias Carreiro, Jose Fernando de Carvalho Junior e Maria Tereza Carvalho Luz.

As investigações começaram há um ano após comerciantes de Teresópolis denunciarem que eram obrigados a implantar o jogo do bicho em seus estabelecimentos.

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