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Presos fazem 3ª rebelião em menos de 24h em Manaus

Presos do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), em Manaus, que fica próximo a Compaj, onde ocorreu o massacre com 60 mortos, realizaram um motim na tarde desta segunda-feira 2; ainda não há informações sobre fugas ou feridos; segundo o governo do Amazonas, a situação está controlada; o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, visitou a capital após o massacre

Presos do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), em Manaus, que fica próximo a Compaj, onde ocorreu o massacre com 60 mortos, realizaram um motim na tarde desta segunda-feira 2; ainda não há informações sobre fugas ou feridos; segundo o governo do Amazonas, a situação está controlada; o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, visitou a capital após o massacre (Foto: Gisele Federicce)
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247 - Manaus foi palco da terceira rebelião de presos em menos de 24 horas na tarde desta segunda-feira 2.

Os detentos do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), que fica próximo ao Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), onde ocorreu o massacre com 60 mortos, iniciaram um motim. O Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) também registrou uma "movimentação" de internos.

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Ainda não há informações sobre fugas ou feridos. Segundo informações do governo do Amazonas, divulgadas no início dessa noite, a situação foi controlada.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, visitou a capital após o massacre, que é o segundo maior depois do Carandiru em número de mortos. O Estado do Amazonas pediu ajuda ao governo federal para reforçar a segurança nas prisões.

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Amazonas pede ajuda ao governo federal para reforçar segurança em prisões

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Alex Rodrigues – O governo do Amazonas pediu a ajuda do governo federal para deflagrar ações de combate ao narcotráfico e reforçar a segurança das unidades prisionais estaduais. O pedido de apoio foi motivado pelo assassinato de pelo menos 60 presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), durante rebelião que começou na tarde de domingo (1º) e durou mais de 17 horas.

Frente ao pedido e à repercussão do caso, que já é considerado o terceiro episódio mais sangrento da história do sistema prisional brasileiro, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, decidiu viajar hoje (2) para Manaus (AM), onde vai se reunir com o governador José Melo de Oliveira para avaliar a situação. Acompanham o ministro, o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Marco Antonio Severo, e o secretário nacional de Segurança Pública, Celso Perioli.

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Segundo as autoridades estaduais, o motim é mais um episódio da guerra entre facções criminosas que disputam o controle das atividades ilícitas na região. O secretário estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes, disse, em entrevista, que o objetivo dos integrantes da organização Família do Norte (FDN) ao trocar tiros com policiais militares, render os agentes penitenciários e ocupar os pavilhões da unidade prisional era matar os internos ligados à facção rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC). Doze agentes que trabalham para uma empresa terceirizada foram feitos reféns durante a rebelião e libertados com vida pelos próprios detentos.

"O que aconteceu no Compaj é mais um capítulo da guerra que o narcotráfico impõe nesse país e demonstra que esse problema não tem como ser enfrentado apenas pelos estados", disse Fontes, sem detalhar o tipo de ajuda solicitada ao governo federal.

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"Não se trata de um problema apenas do sistema penitenciário e nem é um caso isolado no país. É algo muito maior, já que a disputa dentro dos presídios é uma extensão da guerra que acontece também fora [das unidades prisionais]", disse o secretário estadual.

O total de mortes (60) informado pelo secretário de Segurança Pública contraria as informações preliminares da Polícia Militar (PM), que chegou a divulgar à imprensa local que pelo menos 80 presos foram mortos. A rebelião no Compaj só é superada em número de mortos pelo chamado Massacre do Carandiru, no qual 111 detentos foram mortos, em 1992. O terceiro caso com maior número de mortes aconteceu em 2002, no Presídio Urso Branco, em Porto Velho (RO), onde 27 presos foram mortos durante uma rebelião.

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Além de procurar identificar os responsáveis pela rebelião e pelas mortes, as autoridades estaduais pretendem investigar a entrada no presídio das armas usadas pelos presos e se há vínculo entre a rebelião no Compaj e a fuga de 87 presos do Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT), ocorrida poucas horas antes do início do motim. A preocupação agora, além de penalizar os assassinos, é manter a ordem nas demais unidades prisionais do estado, recapturar os presos foragidos e garantir a segurança em Manaus e região.

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