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Brasil

Prestes a ser julgado pelo TSE, Bolsonaro volta a espalhar fake news sobre vacinas

Durante evento do PL em Jundiaí, Bolsonaro disse que a composição do imunizante incluiria "grafeno" que, segundo ele, se acumularia nos "testículos e ovários"

Jair Bolsonaro e vacina (Foto: REUTERS/Marco Bello | Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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247 - Jair Bolsonaro voltou a espalhar desinformação sobre vacina contra a covid-19. Durante evento de filiação do PL na cidade de Jundiaí (SP), Bolsonaro disse ter lido a bula do imunizante e afirmou que a composição incluiria "grafeno" que, segundo ele, se acumularia nos "testículos e ovários", segundo a agência Estado.

 As bulas das vacinas Pfizer, Coronavac e Janssen, que são distribuídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), não citam a presença de grafeno na composição. A divulgação de notícias falsas sobre os imunizantes levou Bolsonaro a ser investigado em inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2021, durante uma das ondas de contaminação pela doença, o ex-presidente associou a vacinação ao vírus da aids.

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A retomada da disseminação de notícias falsas por Bolsonaro ocorre a cinco dias de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir sobre sua inelegibilidade justamente por espalhar mentiras. No caso em que responde por abuso de poder político e dos meios de comunicação no TSE, Bolsonaro é acusado de veicular mentiras sobre o funcionamento das urnas eletrônicas a embaixadores durante a campanha eleitoral do ano passado.

Leia também matéria da Reuters sobre Jair Bolsonaro:

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BRASÍLIA (Reuters) – A uma semana do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que poderá torná-lo inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que é preciso se preparar para buscar alternativas e que não vai mudar sua maneira de agir.

As declarações de Bolsonaro foram dadas em um evento do PL realizado na sede do partido em Brasília, promovido pelo presidente da agremiação, Valdemar Costa Neto. Durante o evento, foi feita a filiação do ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, que foi lançado como pré-candidato à prefeitura de João Pessoa em 2024.

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"Bolsonaro sabe como funciona a política brasileira, assim como conhecemos a forma como a Justiça atua no Brasil. Então, nos preparamos para qualquer eventualidade... nos preparamos com muita altivez para buscar alternativas", afirmou Bolsonaro.

"Acredito em Deus e neste país. Nossa vida não é fácil, mas tudo bem, enfrentamos esses obstáculos", reforçou.

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No próximo dia 22, o TSE começará a julgar uma ação movida pelo PDT que pede a inelegibilidade de Bolsonaro por ter feito ataques ao sistema brasileiro de urnas eletrônicas durante uma reunião no Palácio da Alvorada, ocorrida no ano passado, com embaixadores.

Segundo fontes do Judiciário ouvidas pela Reuters nos últimos meses, a expectativa é que Bolsonaro seja condenado e fique impedido de concorrer a cargos eletivos nos próximos anos. O Ministério Público Eleitoral defende a punição de Bolsonaro, argumentando que ele cometeu abuso de poder político e desvio de função, praticou condutas vedadas e buscou deslegitimar o processo eleitoral.

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Durante seu discurso, Bolsonaro afirmou que tem mais de 500 processos contra ele, o que não é factualmente verdadeiro, e ressaltou que já contribuiu "o bastante" para o futuro do país, juntamente com muitos dos presentes, e que ainda pode contribuir "aconteça o que acontecer".

"Ninguém vai mudar nossa maneira de agir, porque possivelmente alguns poucos querem, à força, manter ou trabalhar para um regime que não deu certo em nenhum lugar do mundo", disse ele, fazendo uma indireta ao Poder Judiciário.

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Nos últimos anos, Bolsonaro fez vários ataques a ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal.

Seus aliados, inclusive no PL, acreditam que caso Bolsonaro se torne inelegível pelo TSE, ele poderá atuar como um forte cabo eleitoral nas eleições municipais de 2024 e nas eleições gerais de 2026.

INJUSTIÇA – Durante o evento, o presidente do PL afirmou que Bolsonaro jamais cometeu um ato ilegal e que, em sua avaliação, fez o governo mais sério que já viu.

"Não acredito que o Poder Judiciário vá cometer uma injustiça como essa contra ele. Espero que eles cumpram a lei. Bolsonaro cumpriu os quatro anos de mandato de maneira exemplar. Nunca vi um presidente ter um comportamento como o dele", afirmou.

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