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Primeira-dama do PCC é condenada a oito anos de prisão

Cynthia Giglioli da Silva Chamacho, mulher do chefo do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola(foto), responde ao penal de formao de quadrilha e lavam de dinheiro; ainda cabe recurso

Primeira-dama do PCC é condenada a oito anos de prisão (Foto: DIVULGAÇÃO)
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Fernando Porfírio _247 – A primeira-dama do crime organizado, Cynthia Giglioli da Silva Camacho, mulher do chefão do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, foi condenada a oito anos de prisão, em regime inicial fechado. A decisão, por votação unânime, é da 11ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. Cynthia responde ação penal pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ainda cabe recurso.

A defesa disse que vai recorrer. O advogado Daniel Bialski afirmou que a decisão do tribunal paulista contrária o Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, em recurso anterior, determinou, segundo ele, que a ré tinha direito à pena mínima. “Minha cliente foi condenada, unicamente, pela condição de mulher do Marcola. Não havia prova contra ela”, afirmou.

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Na decisão, o tribunal paulista determinou a expedição de mandado de prisão contra a ré, mas condicionou a medida ao julgamento definitivo da ação penal. O advogado afirmou que está entrando com recurso para pedir que Cynthia ganhe o direito a prisão domiciliar.

O advogado contou que a estudante fez uma inseminação artificial e passou por uma gravidez de alto risco. Agora tem que cuidar da criança. Ele sustenta que Cynthia nunca recebeu dinheiro de nenhum grupo. “Ela é mãe de uma criança de menos de seis anos e tem direito ao benefício”, afirmou Bialski.

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Em julho de 2005, Cynthia foi presa por policiais do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) na posse de R$ 156,7 mil, além de US$ 7,7 mil e mais dois cheques que somavam R$ 5,5 mil. A polícia ainda apreendeu um arsenal avaliado em R$ 500 mil, cinco carros, uma motocicleta e boa parte da contabilidade do PCC, que era mantida por Deivid Surur, o DVD.

Cynthia, segundo apurou a Polícia, recebia uma mesada de R$ 15 mil da facção. Os documentos apreendidos mostravam que o PCC movimentava R$ 1 milhão por mês. Além dela e de Surur, que foi executado na prisão por ordem da cúpula da facção, outras seis pessoas foram presas pelo Deic. Entre elas, o investigador da Polícia Civil Paulo Humberto Mangini.

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Ao estabelecer a pena, o desembargador Antonio Manssur, relator do recurso, ressaltou que Cynthia tinha uma atuação singular, com o objetivo de permitir o desenvolvimento e ampliar a atividade da organização criminosa.

Segundo o relator, além de mulher do chefe do PCC “dele [Marcola] recebia informações e se encarregava de fazer a ligação (mensageira) entre ele e os demais réus, para receber dinheiro proveniente de ilícitos, depositá-lo em contas correntes que estavam em nome de sua irmã, mas por ela movimentadas, efetuando, dessa forma, lavagem de dinheiro, mediante a aquisição de diversos bens e pagamentos a terceiros”.

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Cynthia foi absolvida em primeira instância. O Ministério Público recorreu e o Tribunal de Justiça reformou sentença da 17ª Vara Criminal da Capital condenando a acusada. Casada com o líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), ela alega inocência.

Na mesma decisão, o tribunal condenou a prisão em regime inicial fechado Paulo Humberto Mangini, Alexandre Gongora, Cristiano Conrado Martinez, Eduardo Ferreira da Silva e Marco Antonio Martins. Segundo o Ministério Público, os acusados arrecadavam dinheiro para o PCC principalmente por meio do tráfico de drogas.

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