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Brasil

Pró-Feliciano, Malafaia ressurge das trevas

Em artigo na Folha, o líder evangélico Silas Malafaia, um dos responsáveis pela derrota de José Serra em 2012, diz que o deputado Marco Feliciano nunca "matou um gay" e afirma que suas falas são patrulhadas, para "desviar os holofotes do PT"; ontem, o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias voltou a chamar os africanos de "amaldiçoados"; nesta sexta-feira, ele depõe num processo em que é acusado de estelionato

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247 - O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que tem provocado indignação em todo o País, com suas falas homofóbicas, racistas e preconceituosas acaba de ganhar mais um aliado: ele mesmo, o pastor Silas Malafaia, que, em 2012, foi um dos principais responsáveis pela derrota de José Serra em São Paulo, com seus vídeos sobre o "kit gay" de Fernando Haddad. Em artigo publicado nesta sexta na Folha, Malafia afirma que Feliciano é a "bola da vez" e que os ataques a ele visam "desviar os holofotes do PT".

Ontem, Feliciano, que foi indicado para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados voltou a chamar os africanos de "amaldiçoados". Hoje, ele depõe no Supremo Tribunal Federal num processo em que é acusado de estelionato. Em artigo exclusivo para o 247, Breno Altman, diretor do Opera Mundi, argumenta que a liberdade religiosa não pode ser prefeito para atentados contra a democracia (leia aqui).

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Leia, abaixo, o artigo de Malafaia:

Marco Feliciano é a bola da vez

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Feliciano nunca matou um gay e sua origem é negra. Toda a mobilização contrária a ele tem um motivo maior: desviar os holofotes do PT

Por que tanta pressão para que Marco Feliciano não continue na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados? Discordar é um direito, porém não podemos ser contra alguém em tudo só porque não gostamos dessa pessoa.

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Eu mesmo tenho divergências com Feliciano, mas não permito que as diferenças se sobreponham ao meu senso de justiça e caráter. E, por trás dessa perseguição que mobilizou a opinião pública e a imprensa, sei que existe um sórdido jogo político para esconder questões sérias.

Após 16 anos, o PT abriu mão da direção da CDHM e coube ao PSC definir quem seria o novo presidente. Quando os ativistas gays, o PT e os partidos de esquerda descobriram que o novo líder do colegiado seria Marco Feliciano, eles reagiram para não ter nessa comissão alguém que tem lutado contra seus ideais.

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Como não conseguiram vencer no grito, deputados do PT, PSOL e de outras legendas criaram a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, a fim de garantir na Câmara a defesa de projetos como o casamento gay e a descriminalização do aborto. Mas existe algo mais contraditório do que "defensores dos direitos humanos" serem a favor do aborto? Tem coisa mais terrível do que tirar a vida de um bebê no ventre da mãe?

Toda essa mobilização tinha um motivo maior: desviar os holofotes do PT. Afinal, enquanto se discutia a posse de Feliciano na CDHM, dois deputados condenados pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP), tornaram-se membros da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a mais importante comissão da Câmara.

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No currículo desses parlamentares do PT constam condenações por corrupção. Mas, a imprensa se voltou apenas para o caso do deputado que fez declarações infelizes, as quais foram consideradas homofóbicas e racistas pelos ativistas gays e parlamentares de esquerda. Feliciano, porém, não pode ser julgado por tais acusações. Ele nunca bateu ou matou um gay, e sua origem é negra.

Não contente com a repercussão desse episódio, a oposição passou a patrulhar as falas de Feliciano nos púlpitos das igrejas, acreditando que a forma como manipulam a informação seja capaz de condenar o direito de opinião do cidadão brasileiro. Não demorou muito para o pastor ver mais uma vez suas palavras repercutirem na imprensa. Desta vez porque comentou que a CDHM era "dominada por Satanás".

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Independentemente de concordar ou não com as declarações de Feliciano, não posso esquecer que ele foi eleito pelo povo e que tem o direito de expressar a sua opinião, sendo resguardado pelo inciso IV, do artigo 5º da Constituição Federal. Mais do que isso, a Carta Magna lhe garante o direito à liberdade religiosa (incisos VI e VIII do mesmo artigo), uma vez que ele estava no púlpito falando na qualidade de pastor e não como deputado.

Pergunto: se a oposição pode acusar os que discordam deles de homofóbicos e racistas, por que o povo evangélico não pode chamar essa perseguição de evangelicofobia? Dentro desse Estado democrático de direito, onde a maioria é cristã, a democracia só vale para a minoria? O fato é que os ativistas gays e seus defensores não suportam o debate. Pode-se falar mal do presidente da República, do Judiciário, dos católicos, dos evangélicos, mas, se criticarmos a prática homossexual, somos rotulados de homofóbicos.

O crime de opinião já foi extinto de nosso país com o fim da ditadura militar. Mas agora querem instaurar a ditadura gay, que, além de perseguir as ideologias políticas, também combate as crenças religiosas. Diante dessas manifestações, só podemos chegar a uma conclusão: PT e Dilma Rousseff estão sinalizando que abrem mão da comunidade evangélica nas próximas eleições.

SILAS MALAFAIA, 54, psicólogo, é pastor presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (Cimeb) e apresentador do programa Vitória em Cristo

Leia também reportagem sobre o depoimento de Feliciano:

Depoimento de Feliciano no STF sobre processo por estelionato será a portas fechadas

Luciano Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou o depoimento do deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) vai prestar amanhã (5) no Tribunal. De acordo com a assessoria do órgão, Feliciano falará a portas fechadas, como é praxe nesse tipo de depoimento sobre a ação penal em que é réu por suspeita de estelionato. Estarão presentes o advogado do parlamentar, o procurador do Ministério Público responsável pelas investigações e o juiz auxiliar responsável por tomar o depoimento. O relator do processo é o ministro Ricardo  Lewandowski.

Segundo denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Feliciano firmou contrato para participar de umshow evangélico no Rio Grande do Sul em 2008, mas não compareceu. Ele é acusado de inventar um acidente no Rio de Janeiro para justificar a ausência no evento, para o qual recebeu cachê de R$ 13,3 mil, passagens e hospedagem.

A denúncia foi oferecida em 2009, antes de Feliciano ser eleito deputado federal. O caso foi para o Supremo em 2011, quando ele passou a ter prerrogativa de foro. Segundo a defesa do pastor, o valor foi ressarcido aos promotores do evento.

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