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Procurador da Lava Jato quer 'refundar a República'

O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa que gerou a Operação Lava Jato, afirma que o que mais preocupa o grupo é não conseguir "mostrar para a população um quadro completo da corrupção, da cartelização, das mais diversas fraudes, enfim, da extensa criminalidade que permeia as relações público-privadas no país"; para ele, os efeitos da Operação Lava Jato como demissões, paralisações de contratos e a consequente desaceleração da economia brasileira "não são consequências exclusivas das investigações, mas, antes de tudo, do mau gerenciamento de nossa economia pelo atual Governo"; o procurador diz ainda que "o Brasil merece mais". Crédito foto: Vagner Leal do Rosário

O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa que gerou a Operação Lava Jato, afirma que o que mais preocupa o grupo é não conseguir "mostrar para a população um quadro completo da corrupção, da cartelização, das mais diversas fraudes, enfim, da extensa criminalidade que permeia as relações público-privadas no país"; para ele, os efeitos da Operação Lava Jato como demissões, paralisações de contratos e a consequente desaceleração da economia brasileira "não são consequências exclusivas das investigações, mas, antes de tudo, do mau gerenciamento de nossa economia pelo atual Governo"; o procurador diz ainda que "o Brasil merece mais". Crédito foto: Vagner Leal do Rosário (Foto: Valter Lima)
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247 - O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa que gerou a Operação Lava Jato, afirma, em entrevista ao Estadão, que o que mais preocupa o grupo é não conseguir "mostrar para a população um quadro completo da corrupção, da cartelização, das mais diversas fraudes, enfim, da extensa criminalidade que permeia as relações público-privadas no país". "Cada acusação é como uma pequena peça de um imenso quebra-cabeça, e precisamos encaixar um número suficiente de peças desse puzzle para que todos que olharem esse conjunto possam saber como ele ficaria se completo. Só assim a população poderá separar o joio do trigo e poderemos enfim refundar nossa República", afirmou. 

Para ele, os efeitos da Operação Lava Jato como demissões, paralisações de contratos e a consequente desaceleração da economia brasileira "não são consequências exclusivas das investigações, mas, antes de tudo, do mau gerenciamento de nossa economia pelo atual Governo".

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"No que tange aos efeitos econômicos das investigações, são estes, antes de tudo, decorrências do naufrágio de um modelo de negócio, por parte das empresas, e de uma forma de financiamento da maioria parlamentar, pelo Governo, ambos incompatíveis com a lei e com o Estado Democrático de Direito. Querer culpar as investigações da Operação Lava Jato, ou seja, querer culpar quem desnuda o malfeito, aponta o malfeitor e ainda alcança rapidamente o ressarcimento, mesmo que parcial, dos desvios, é aceitar que o único caminho de nosso país para o desenvolvimento passa por fechar os olhos para o crime, ou mais, de acreditar que essa estrada passa necessariamente pela aceitação das estruturas do crime organizado ainda enraizadas em nossa sociedade", ressaltou.

Para o procurador, "o Brasil merece mais". "Merece acreditar em quem trabalha duro e honestamente. Mas sabemos que essa maioria honesta e silenciosa é constantemente passada para trás por estruturas de poder que impedem a competição real entre os agentes econômicos e que, em uma análise mais profunda, são responsáveis pelas crises cíclicas de nosso capitalismo de compadrio", ressaltou.

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A íntegra da entrevista aqui.

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