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      Rejeição a Temer dispara, vai a 84,5% e só 3,4% o aprovam

      Pesquisa CNT/MDA aponta que 84,5% dos brasileiros rejeitam o desempenho pessoal de Michel Temer; em fevereiro, um estudo semelhante havia apontado que a rejeição ao peemedebista era de 62,4%; governo Temer é aprovado apenas por 3,4% da população; Temer, que é o único presidente denunciado duas vezes pelo MPF no exercício do mandato, a última na semana passada pelos crimes de obstrução da Justiça e organização criminosa, também tem a cúpula do seu governo envolvida na Lava Jato; alçado ao poder por meio de um golpe parlamentar, Temer não conseguiu recuperar a economia como prometido e mergulhou o país numa recessão que já deixou mais de 13 milhões de desempregados

      Presidente Michel Temer durante discurso na 72ª Assembleia Geral da ONU 19/09/2017 REUTERS/Eduardo Munoz (Foto: Paulo Emílio)
      Paulo Emílio avatar
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      247 - Uma nova pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte em parceria com o Instituto MDA Pesquisas (CNT/MDA) aponta que 84,5% dos brasileiros rejeitam o desempenho pessoal de Michel Temer. Em fevereiro, um estudo semelhante havia apontado que a rejeição ao peemedebista era de 62,4%.

      O governo do peemedebista é aprovado por apenas 3,4% da população e rejeitado por 75,6%. Para 18,0%, a avaliação é regular e 3,0% não souberam opinar.

      Segundo a pesquisa, o estudo, apenas 10,1% dos brasileiros avaliam o desempenho pessoal de Temer como positivo. Em fevereiro este índice era de 24,4%. Outros 5,4% não quiseram ou não souberam responder a pergunta. 

      Abaixo, reportagem da Agência Brasil:

      Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

      A Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) com o Instituto MDA, divulgada hoje (19), indica que 3,4% dos brasileiros entrevistados consideram positivo o governo do presidente Michel Temer e 75,6% o avaliam como negativo. Para 18% dos entrevistados, o governo é regular e 3% não responderam ou não souberam opinar.

      Na pesquisa divulgada em fevereiro, 10,3% avaliaram o governo Temer como positivo e 44,1% como negativo. Os que consideraram o governo regular foram 38,9% dos entrevistados e 6,7% não souberam opinar.

      O levantamento traz avaliações do governo federal e do desempenho pessoal do presidente Michel Temer, além de expectativas da população sobre emprego, renda, saúde, educação e segurança. A edição também aborda as eleições de 2018, a reforma política, a Operação Lava-Jato e os hábitos de consumo de notícias no Brasil, entre outros temas.

      A CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões do país, entre os dias 13 a 16 de setembro. A pesquisa completa está disponível na página da CNT.

      Desempenho pessoal

      Em relação ao desempenho pessoal do presidente, a pesquisa divulgada hoje mostra que 84,5% desaprovam a maneira de Temer governar, frente a 62,4% da pesquisa anterior; e 10,1% aprovam, enquanto na consulta anterior o percentual era de 24,4%.

      Segundo o presidente da CNT, Clésio Andrade, esta é a pior avaliação de um presidente, tanto de governo como de desempenho pessoal. “De toda a série histórica e entre todos os ex-presidentes”, ressaltou. As pesquisas da CNT são feitas desde 1998, primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

      Apesar de melhoras na economia serem percebidas de forma tímida pela população, segundo Andrade, em algum momento, isso pode reverter favorável ao presidente Temer.

      Crise política e protestos

      Segundo a CNT, há a percepção de que o país se encontra em crise e fora de rumo do ponto de vista político. Para 94,3% dos entrevistados, o país está em crise política. Desses, 49,9% acreditam que a troca de presidente da República não resolveria a situação, enquanto 41,2% acreditam que a troca do comando do país resolveria a crise.

      Entre os entrevistados, 91% dizem não ter participado de protestos ou atos políticos desde 2013; 9% declararam ter participado. Dos que participaram, 45,3% se manifestaram pela saída da ex-presidente Dilma Rousseff; 28,2% pela permanência dela no cargo; e 23,8% declararam não ter se manifestado em relação ao impeachment.

      Perguntados pela CNT/MDA se têm intenção de participar de alguma manifestação pela saída do presidente Michel Temer do cargo, 67,7% responderam não e 30,8% disseram sim.

      Saiba Mais

      • CNT: 10,3% aprovam governo Temer e 44,1% reprovam

      Sobre os motivos dos panelaços e das manifestações contra corrupção terem diminuído no governo Temer, 50,3% dizem ter perdido a esperança com os atuais políticos; 25,4% alegam falta de perspectivas de mudanças no curto prazo. Para 16,3%, o motivo foi a saída do PT da Presidência da República e 3,9% dizem que hoje há menos motivos para protestar.

      Para Clesio Andrade, isso mostra claramente que o povo está descrente. “Viu que não adianta ir para a rua, já fez uma mudança de presidente e não resolveu. E, por outro lado, a eleição está próxima. Apesar do potencial de pessoas irem para a rua ser maior dos que o que foram, elas não se animam por esses fatores”, explicou.

      Lava Jato e corrupção

      Os brasileiros continuam acompanhando as ações da Operação Lava Jato, aprovando suas ações e acreditando, em sua maioria, que ela está beneficiando o Brasil, segundo a CNT. A pesquisa aponta que 79,9% da população diz que estão acompanhando a operação da Polícia Federal.

      Em relação à aprovação, 78,5% aprovam a Lava Jato na investigação de casos de corrupção envolvendo políticos e empresários, 9,3% desaprovam e 7,7% não aprovam e nem desaprovam.

      Para 54%, a Operação Lava Jato está beneficiando o Brasil, 24% avaliam que ela não está beneficiando nem prejudicando e 15,9% acham que ela está prejudicando o país.

      Expectativa

      Os entrevistados também foram questionados sobre a expectativa em relação a emprego, renda, saúde, educação e segurança pública. “Todos os índices mostram baixa nas expectativas”, disse Andrade, explicando que segurança pública tem as piores expectativas de melhora.

      De acordo com a pesquisa, 16,6% acreditam que o nível de segurança pública vai melhorar, enquanto 45,7% dizem que vai piorar. Para 36,2% a situação vai ficar igual.

      Sobre emprego, 25,7% acreditam que o nível de emprego vai melhorar; 35,4%, que vai piorar; e 36%, que a situação vai se manter como está.

      Na saúde, 21,1% dos entrevistados acreditam que a situação na área vai melhorar; 36,5%, que vai piorar; e 40,3%, que vai se manter a mesma.

      Em educação, 25% dos entrevistados afirmaram que o setor vai melhorar; 29,4%, que vai piorar; e 43,6%, que vai se manter igual.

      No quesito renda mensal, 22,1% acreditam em melhora; 20,6% avaliaram que haverá uma piora; e 53,2% avaliaram que a situação permanecerá no mesmo patamar.

      Matéria modificada às 12h15 para acréscimo de informação

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