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Representante da Ucrânia pede reação 'mais forte' do governo brasileiro por invasão russa

Até o momento, apenas o Itamaraty pediu a suspensão imediata das hostilidades. Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o assunto

Anatoly Tkach, (Foto: Divulgação)

Sputnik - Nesta sexta-feira (25), o encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoly Tkach, disse que Kiev espera do Brasil um posicionamento mais forte em relação à crise ucraniana.

"Queremos que a reação seja mais forte", afirmou Tkach em uma entrevista à imprensa na Embaixada da Ucrânia no Brasil segundo o G1.

Tkach ainda complementou que a embaixada brasileira tem trabalhado para a retirada dos cidadãos brasileiros da Ucrânia e que o apoio do Brasil é importante. "Gostaríamos do apoio do Brasil. Nós estamos vendo o pronunciamento de muitas autoridades brasileiras. E o principal é que o Brasil está apoiando a solução política e diplomática do conflito. É necessário ter mais ações para voltar às negociações e para parar esse ataque contra o nosso país", afirmou.

Até o momento, o presidente, Jair Bolsonaro (PL), ainda não se pronunciou sobre a situação no Leste Europeu. Porém, ontem (24), o vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou que o Brasil "não está neutro", conforme noticiado.

No entanto, na noite de quinta-feira (24), Bolsonaro desautorizou as declarações de Mourão. Em uma live, o mandatário disse que "quem fala sobre o assunto é o presidente", relatou o jornal Valor Econômico.

"Deixar bem claro: o artigo 84 diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. E o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro. E ponto final. Com todo respeito a essa pessoa que falou isso — e falou mesmo, eu vi as imagens — está falando algo que não deve. Não é de competência dela. É de competência nossa", afirmou.

Também ontem (24), o chefe do Executivo decidiu que as manifestações sobre os confrontos na Ucrânia ficarão centralizadas no Ministério das Relações Exteriores.

O objetivo do governo brasileiro é manter o presidente afastado do tema e a comunicação concentrada no chanceler Carlos Alberto França, para evitar declarações desastrosas.

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