Ricardo Miranda analisa a ‘Revolução dos Milicos e a Ditadura do País Real’
Segundo o jornalista Ricardo Miranda, ao determinar a celebração do golpe de 1964, Jair Bolsonaro "coloca o País, como o fez durante a campanha, em um confronto político. Mas não são mais os antipetistas versus os petistas", diz; "São os democratas contra os defensores da ditadura"
247 - "Não podia deixar passar 31 de Março de 1964 – embora o golpe tenha vindo de fato no Dia da Mentira, 1º de abril – especialmente neste momento em que as vivandeiras alvoroçadas, para usar uma expressão do ditador marechal Humberto Castello Branco, querem voltar a comemorar a data. Que é mais ou menos como fazer um batizado no Dia dos Mortos", diz o jornalista Ricardo Miranda em seu blog. "E o Dia dos Fiéis Defuntos virou o Dia de Todos os Santos".
Em referência ao presidente Jair Bolsonaro, o jornalista critica "a estratégia de um homem que, num looping histórico, saltou de um mandato vazio para o cargo mais importante da República e agora cava com palavras e ações seu próprio desterro, numa cova da história – o que tardará menos do que esperam os salteadores dos sonhos do povo".
"Ao recomendar a comemoração, ou 'rememoração', do golpe militar de 1º de abril e a revisão histórica do que um grupo de milicos muito doentes chama de 'revolução democrática de 31 de Março' – incluindo, tristemente, a nata dos generais da ativa que cercam o Planalto, escravos de sua própria doutrinação -, um autêntico ensaio sobre a cegueira, Bolsonaro coloca o País, como o fez durante a campanha, em um confronto político. Mas não são mais os antipetistas versus os petistas", diz.
"São os democratas contra os defensores da ditadura. Foi esse nível de exumação histórica que Bolsonaro percorreu, desautorizando as memórias póstumas de seu povo e soterrando os conceitos democráticos mais elementares", acrescenta.
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