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Brasil

Ricardo Miranda: Medo de Wyllys leva Itamaraty a escalar diplomata na ONU para ofendê-lo

Para o jornalista Ricardo Miranda, a discussão entre a representante do Brasil, Maria Nazareth Farani Azevêdo, conhecida como Lelé, e Jean Wyllys 'mostrou, de forma vergonhosa, como se troca de ideologia conforme a conveniência – e o apego ao salário e as mordomias"; "A embaixadora tentou, de forma subserviente, vender um Brasil idílico, pacífico, pastoril... Não há perseguição a LGBTs. Pelo contrário, estão sendo protegidos e incluídos", disse

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Ricardo Miranda, em seu blog - Diplomatas de carreira, o casal Azevêdo carrega a reputação de competente – como de regra, é a fama dos embaixadores veteranos no Itamaraty. Roberto Azevêdo se especializou na área de comércio internacional. Eleito em 2013 e reconduzido em 2017 para para um segundo mandato de quatro anos como diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), é provavelmente um dos brasileiros mais bem posicionados na diplomacia internacional. Junto com José Graziano da Silva, à frente da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura FAO, são duas crias dos anos PT no Itamaraty. Azevêdo, por sinal, sempre foi um orgulhoso defensor das políticas do governo de Lula e Dilma Rousseff. Até porque foi com o "apoio maciço" do continente africano, trazido por Lula, que o embaixador se manteve no cargo. Bolsonaro e o chanceler Ernesto Araújo, aposto, adorariam que evaporassem. Mas eles são intocáveis, eleitos por um colegiado planetário, e não indicação do encosto Olavo de Carvalho, pai de Ernesto, guru de Bolsonaro e fratura exposta na enfermaria que virou a Casa de Rio Branco. Bolsonaro e Ernesto também não mandam na ONU, que decidiu fazer, em Genebra, braço de Direitos Humanos da entidade, um debate, promovido pela Red Internacional de Drechos Humanos, intitulado "Novo Autoritarismo: Implicações sobre os direitos humanos e a Sociedade Civil", tendo como convidado o ex-deputado auto-exilado Jean Wyllys. E Jean soltou os cachorros no governo Bolsonaro. Foi quando surgiu a figura da representante do Brasil junto às Nações Unidas em Genebra. Maria Nazareth Farani Azevêdo, conhecida como Lelé, esposa de Roberto Azêvedo e ex-chefe de gabinete do ex-chanceler Celso Amorim, mostrou, de forma vergonhosa, como se troca de ideologia conforme a conveniência – e o apego ao salário e as mordomias.

Promoveu um bate-boca vergonhoso com Jean Wyllys em plena sessão da ONU, para defender o governo Bolsonaro, afirmando que não era um Estado misógino, nem preconceituoso, nem com asco a LGBTs. A embaixadora tentou, de forma subserviente, vender um Brasil idílico, pacífico, pastoril, disse que Bolsonaro não fugiu do Brasil, mesmo quando levou uma facada, e continuou a trabalhar para construir um país melhor. Mas, segundo ela, essa é a era da fake news. Bolsonaro não era um criminoso, afiançou, nem rejeitava a democracia. Disse que o estadista escolheu a eleição. Escolheu ser eleito pela democracia. Que respeita negros, indígenas, mulheres, gays etc. Jean Wyllys riu diante da encenação. Ela persistiu. Não há perseguição a LGBTs. Pelo contrário, estão sendo protegidos e incluídos. Nesse momento, Jean deu uma gargalhada. Ouviu da diplomata que Jean não tinha credenciais para estar ali falando contra o Brasil. Jean desafiou-a a um debate, e resposta foi a embaixadora simplesmente abandonar o plenário, ouvindo no caminho que o governo que ela defendia idolatrava a tortura e cultuava torturadores. Brilhante Ustra deu dois pulinhos na cova. E o ativista foi aplaudido efusivamente. (Assista aqui – e aqui). O vídeo já teve milhares de visualizações e foi didático para mostrar a truculência do governo do discurso único, dono da verdade. Triste figura a de Lelé. Fico imaginando o diálogo com o marido de noite em casa, ao pé da fogueira, scotch nas mãos, chinelos nos pés, a paisagem suíças na janelas.

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