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      Sakamoto: agenda ambiental de Bolsonaro preocupa exportadores e o mundo

      O jornalista Leonardo Sakamoto observa que além da insatisfação gerada junto aos exportadores brasileiros com a possibilidade de transferir a Embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém, o que pode levar a retaliações comerciais dos países árabes, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) também conseguiu desagradar a União Europeia no que diz respeito ao meio ambiente; ao anunciar que o Brasil deixará de cumprir acordos ambientais Bolsonaro "colocará o Brasil em uma lista de párias isolados do sistema multilateral e ainda vai expor o nosso país a barreiras", diz Sakamoto

      Sakamoto: agenda ambiental de Bolsonaro preocupa exportadores e o mundo
      Paulo Emílio avatar
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      247 - O jornalista Leonardo Sakamoto observa que além da insatisfação gerada junto aos exportadores brasileiros com o anúncio da possibilidade de transferir a Embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, o que pode levar a retaliações comerciais dos países árabes, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) também conseguiu desagradar a União Europeia no que diz respeito ao meio ambiente. para ele, ao anunciar a retirada da candidatura do Brasil para sediar a COP-25, a conferência anual da ONU sobre clima, e do Acordo de Paris, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) "colocará o Brasil em uma lista de párias isolados do sistema multilateral e ainda vai expor o nosso país a barreiras, sobretudo de países europeus – que já assinalaram a imposição de "tarifas climáticas" a quem não estiver cumprindo o acordo".

      "A soja, matéria-prima de óleos, rações e presente em boa parte dos alimentos industrializados e que é um dos principais itens de nossa pauta de exportação, deve sentir os efeitos disso. Boa parte de sua produção encontra-se na Amazônia Legal e no Cerrado. Ao mesmo tempo, países islâmicos são grandes compradores de proteína animal do país. Do total exportado, 40% da carne e 45% do frango são halal, ou seja, abatidos conforme preceitos islâmicos", alerta Sakamoto.

      "Em contrapartida, estaremos perfeitamente alinhados à ideologia salvacionista de algumas linhas religiosas cristãs dos Estados Unidos, que foi importada para cá, e crê que o sucesso do projeto sionista de Grande Israel é uma condição prévia à Segunda Chegada de Cristo. Estaremos também buscando alinhamento à ideologia ultranacionalista de Trump. Ele tem advogado a revisão de acordos, em uma postura de negociação dura, querendo que seu país exporte mais e importe menos. Corre o risco de, em troca de um cafuné qualquer em Bolsonaro, nossa balança comercial que já é altamente deficitária com os norte-americanos (eles tiveram superávit de US$ 90 bilhões nos últimos dez anos), acabeficando ainda pior", ressalta.

      Leia a íntegra no Blog do Sakamoto.

       

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