CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

“Se a elite conseguisse se reencontrar com o Lula de 2003, ela fechava imediatamente com ele”, diz Fernando Horta

O historiador avaliou que, assim como em 2003, a elite brasileira deve se aliar à candidatura do ex-presidente Lula na eleição de 2022. No entanto, ele destaca que um processo de negociação buscará evitar uma “espécie de revanchismo” do petista no poder. Assista

(Foto: Divulgação | Stuckert)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O historiador Fernando Horta, em entrevista à TV 247, avaliou que a elite brasileira, assim como em 2003, deseja se aliar ao ex-presidente Lula na eleição presidencial de 2022. No entanto, ele destaca que o cenário atual é diferente, já que bolsonaristas e conservadores ocupam mais espaço político.

Questionado se existe espaço para uma “repactuação” entre a elite e o petista, Fernando respondeu: “Esse é todo o caminho que eles [as elites] querem. Hoje, se eles pudessem voltar com o Lula de 2003, levantariam as mãos para o céu. Se eles pudessem retomar o primeiro e segundo governos Lula, fechava imediatamente com ele. A questão é que, hoje, tem no tabuleiro político brasileiro mais dois atores importantes que não tínhamos em 2003. Primeiro, é essa direita raivosa, que são caracterizados por bolsonaristas, mas não apenas. Temos conservadores de toda sorte nesse processo, que hoje são atores políticos relevantes e que não tínhamos em 2003. E, essencialmente, não se sabe como será o ator político Luiz Inácio Lula da Silva. Porque uma coisa é o presidente em 2003, que havia amainado seu discurso durante três eleições, que vinha se mostrando para a sociedade e num dado momento deixou de usar camisa polo vermelha para usar terno e gravata. Outra coisa é Luiz Inácio hoje, saído de uma prisão claramente injusta, que ele sabe que lhe foi impingida e urdida por essa elite. E em todos os discursos Luiz Inácio vem procurar a ideia de que não tem nenhum tipo de sentimento de vingança. Temos que entender que o ser humano é ser humano. O Lula não é nenhum ser divino”.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O historiador destaca que um processo de negociação com a elite buscará evitar “uma espécie de revanchismo” por parte de Lula, que já vem se mostrando como um “mediador”. “Portanto, as elites brasileiras ainda não estão com certeza suficiente para saber se efetivamente não haverá uma espécie de revanchismo com Lula no poder. Então há aí um processo de negociação. Essa negociação está se dando ao longo do tempo, e acho que o Luiz Inácio Lula da Silva está levando isso de forma muito correta, aparecendo como um estadista, como alguém mediador, se colocando inclusive na posição de centro, indo conversar com Maia, com Sarney... A ideia é essa. Agora, vamos ver se ele consegue convencer essa elite para que isso possa efetivamente se consolidar. Mas não tenho dúvida que hoje, a escolha seria Luiz Inácio de 2003”, completou. 

Inscreva-se na TV 247, seja membro e compartilhe:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO