Sem Judiciário, delação da Odebrecht é seletiva
"Gaspari tem toda razão: é estranho que a tal delação do fim do mundo da Odebrecht não tenha menção a magistrados. Ou será que por puro e doloso corporativismo, Moro e seus 'implacáveis' colaboradores do MP nada perguntaram sobre o assunto?", questiona o jornalista Ricardo Bruno, ao comentar a delação da empreiteira de Emílio Odebrecht



Por Ricardo Bruno, em seu Facebook
Gaspari tem toda razão: é estranho que a tal delação do fim do mundo da Odebrecht não tenha menção a magistrados. Ou será que por puro e doloso corporativismo, Moro e seus "implacáveis" colaboradores do MP nada perguntaram sobre o assunto?
Como disse a ex-ministra Eliane Calmon, "não dá para levar sério uma delaçao que não mencione um juiz sequer".
Em outras palavras: investigações seletivas não contribuem para a efetiva transformação ética do país. Desnudam parte da ferida, preservando o lado putrefato do judiciário, que obviamente teve algum tipo de participação numa ação criminosa tão ampla e devastadora como a da empreiteira. Vários lances do gigantesco esquema da Odebrecht - entre contratos e licitações - foram decididos nos tribunais, sem que haja qualquer referência a tais fatos nas delações de seus executivos.
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