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      'Ser aplaudido por manter investigado preso não é fazer um bom trabalho'

      Ministro do STF Gilmar Mendes disse que os juízes devem "nadar contra a corrente" visando assegurar a garantia de direitos fundamentais; "Precisamos ter essa noção de que nadar contra a corrente não é apenas uma sina nossa, é nosso dever", disse;"Se nós estivermos sendo muito aplaudidos porque estamos prendendo muito, porque negamos habeas corpus, desconfiemos, nós não estamos fazendo bem o nosso job [trabalho, em inglês]", completou; declaração acontece poucos dias após Gilmar mandar soltar pela terceira vez o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como o "Rei do Ônibus", no Rio de Janeiro, e acusado de pagar propinas a políticos e funcionários públicos

      Ministro do STF Gilmar Mendes disse que os juízes devem "nadar contra a corrente" visando assegurar a garantia de direitos fundamentais; "Precisamos ter essa noção de que nadar contra a corrente não é apenas uma sina nossa, é nosso dever", disse;"Se nós estivermos sendo muito aplaudidos porque estamos prendendo muito, porque negamos habeas corpus, desconfiemos, nós não estamos fazendo bem o nosso job [trabalho, em inglês]", completou; declaração acontece poucos dias após Gilmar mandar soltar pela terceira vez o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como o "Rei do Ônibus", no Rio de Janeiro, e acusado de pagar propinas a políticos e funcionários públicos (Foto: Paulo Emílio)
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      247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse que os juízes devem "nadar contra a corrente" visando assegurar a garantia de direitos fundamentais, inclusive a presos e investigados. Declaração acontece poucos dias após Gilmar mandar soltar pela terceira vez o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como o "Rei do Ônibus", no Rio de Janeiro. Barata Filho é acusado de pagar propinas a políticos e funcionários públicos para assegurar vantagens no setor de transporte público fluminense.

      "Muitas vezes, a garantia de direitos está na contrariedade de opiniões. Ao se fazer a defesa de direitos, às vezes de forma estritamente conservadora, nós estamos protegendo aquele indivíduo que nos apedreja, porque quando você cria um Estado autoritário, com generalização de prisões preventivas, e as pessoas aplaudem, elas esquecem que amanhã será a vez delas", afirmou Gilmar durante um seminário no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o ativismo judicial.

      Quando falhamos no controle, nós incentivamos abusos da polícia, incentivamos abusos do Ministério Público. Então precisamos ter essa noção de que nadar contra a corrente não é apenas uma sina nossa, é nosso dever", disse Gilmar. "Se nós estivermos sendo muito aplaudidos porque estamos prendendo muito, porque negamos habeas corpus, desconfiemos, nós não estamos fazendo bem o nosso job [trabalho, em inglês]. Certamente falhamos", completou em seguida.

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