Símbolo da resistência dos indígenas isolados no país, “índio do buraco” é achado morto
O indígena tornou-se um símbolo da resistência dos isolados também porque repetidamente se recusou ao contato; com sua morte, destino dos 8 mil hectares está em risco
Por Rubens Valente, da Agência Pública - Um símbolo da resistência dos povos indígenas isolados no país, ele ficou conhecido como “índio do buraco”, por abrir covas no chão, e já foi chamado na imprensa de “homem mais solitário do mundo”. Por mais de 25 anos, esse extraordinário brasileiro – sobre o qual nunca se soube nome, língua e etnia – viveu completamente isolado num pedaço de mata em Rondônia monitorado por indigenistas da Funai (Fundação Nacional do Índio), apesar de intensas pressões de políticos e fazendeiros da região a fim de desacreditar a interdição do território, com cerca de 8 mil hectares, e perseguir os servidores da Funai.
Nesta quarta-feira (24), o indígena foi encontrado pela Funai morto em seu tapiri, “deitado na rede, e paramentado [com penas de arara] como se esperasse a morte”, conforme um indigenista comentou depois. O corpo foi removido para o IML (Instituto Médico Legal) de Porto Velho (RO), onde um exame tentará identificar a causa da morte.
Leia a íntegra na Agência Pública.
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