Símbolo de assassinatos e tortura na ditadura, "Major Curió" é recebido por Bolsonaro
O encontro não constava na agenda oficial do Planalto. Bolsonaro recebeu o tenente-coronel Sebastião Curió Rodrigues de Moura, conhecido como "Major Curió", que foi denunciado por assassinatos e sequestros de militantes da esquerda na região do Araguaia nos anos 70
247 - Jair Bolsonaro recebeu nesta segunda-feira (4), o tenente-coronel reformado do Exército Sebastião Curió, conhecido como "Major Curió".
O encontro, divulgado por um dos filhos do militar, não constava da agenda oficial de Bolsonaro.
O coronel foi denunciado seis vezes pelo Ministério Público Federal (MPF) por participar de assassinatos e sequestros de militantes da esquerda na região do Araguaia nos anos 1970. A informação é do jornalista Rubens Valente, do UOL.
De acordo com relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Curió foi um dos 377 agentes do Estado brasileiro que praticaram crimes contra os direitos humanos. O relatório aponta que ele "esteve vinculado ao Centro de Informações do Exército (CIE), serviu na região do Araguaia, onde esteve no comando de operações em que guerrilheiros do Araguaia foram capturados, conduzidos a centros clandestinos de tortura, executados e desapareceram".
A reportagem lembra a entrevista dada ao jornalista Leonêncio Nossa, que depois lançaria um livro sobre Curió, "Mata!" (Cia das Letras, 2012), em que militar reconheceu e apresentou documentos que indicaram a execução de 41 militantes da esquerda quando eles já estavam presos e sem condições de reação".
