Sindicatos se unem contra Dilma e Padilha
Em protesto contra o programa Mais Médicos, movimento sindical médico brasileiro ameaça atrapalhar campanha à reeleição da presidente e as pretensões do ministro em São Paulo: "Somos 400 mil médicos mais 200 mil estudantes. Um médico recém-formado tem um prontuário de 1 mil pacientes, um com tempo de carreira, 20 mil pacientes. Fora os familiares. Faça as contas"
247 – O programa Mais Médicos, que já conquistou adesão de mais de 46% do municípios, continua a despertar a ira da classe médica. Em um movimento inédito, a Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) unificaram o discurso de combate ao governo Dilma Rousseff e ao ministro da Saude, Alexandre Padilha.
O programa prevê a importação de médicos estrangeiros e a criação do serviço obrigatório de dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS).
Desde a substituição no comando da Fenam, em maio de 2012, quando o grupo do neurologista Cid Carvalhaes, ligado ao PT, foi substituído pelo anestesista Geraldo Ferreira, filiado ao PPS, partido de oposição a Dilma, a federação se afastou do governo. "A partir da nossa posse, iniciamos um processo de desaparelhamento. Antes rezavam a cartilha do governo. Hoje já formamos a ideia de que há um sentimento grande de que o governo é antimédico. Eles nos veem como burgueses privilegiados que precisam ser destruídos", disse Ferreira ao Valor.
Ele diz que a classe médica pode fazer estrago na campanha à reeleição petista: "Somos 400 mil médicos mais 200 mil estudantes. Um médico recém-formado tem um prontuário de 1 mil pacientes, um com tempo de carreira, 20 mil pacientes. Fora os familiares. Faça as contas".
O maior opositor do Mais Médicos hoje no Congresso Nacional, o deputado federal e cirurgião e professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Eleuses Paiva (PSD), que presidiu Associação Médica Brasileira (AMB), a aponta Padilha como alvo: "Espero que o ministro da Saúde desça do palanque político. Porque ministro de área social envolvido em campanha política dá no que está dando: todos os projetos estão voltados muito mais para o interesse pessoal do que para o de melhorar definitivamente a assistência pública deste país." Também afirmou que Padilha "se agarra a subterfúgios, manipula dados, enviesa informações, ludibria a população e prefere essa canhestra alternativa."
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