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"Só pode ser visto como ameaça", diz Celso Amorim sobre desfile militar golpista de Bolsonaro

Para o embaixador e ex-ministro, o desfile “é inconveniente": "tanque na rua não é coisa boa. Só no sete de setembro e mesmo assim tem gente que reclama”

Celso Amorim (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Revista Fórum - O ex-ministro da Defesa, Celso Amorim, comentou durante entrevista ao programa Fórum Onze e Meia, nesta terça-feira (10), sobre o desfile militar promovido pelo governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido) na Esplanada dos Ministérios. Para ele, “é inconveniente. Tanque na rua não é coisa boa. Só no sete de setembro e mesmo assim tem gente que reclama”.

“É inconveniente. É muito inconveniente, muito impróprio pra uma democracia. Tanque na rua não é coisa boa. Só no sete de setembro e mesmo assim tem gente que reclama que estraga o asfalto”, afirmou.

Amorim lembra que “a própria demonstração de força já é considerada uma ação militar. A carta da ONU quando elenca as possibilidades de ação militar diz isso. A demonstração de força dentro de uma situação de tensão é uma ação militar”. Ele afirma que “aqui no Brasil, a gente tem uma crise entre os poderes, diferenças muito marcadas e quando o governo coloca os tanques nas ruas é como se estivesse demarcando: ‘olha, nós aqui temos essa força. Vocês como é que são? Mostrem aí os seus blindados’. Nós não temos. Nem o Legislativo nem o Judiciário. É muito grave como sinalização, isso nunca aconteceu desde 1988”.

Leia a íntegra na Fórum.

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