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'Só recebi um boné e uma sacola', diz Mourão sobre escândalo das joias sauditas que Bolsonaro tentou se apropriar

"Aqueles que eram presentes, vamos dizer assim, de maior valor, eu deixei no acervo da Vice-Presidência. Tem um depósito lá e estão no depósito”, disse o senador

O ex-vice-presidente da República, Hamilton Mourão 23/05/2022 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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247 - O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou os "presentes" que foram dados pelo Governo da Arábia Saudita a Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que enquanto estava à frente da vice-presidência da República tudo que recebeu foi “boné, sacola”, disse Mourão ao jornal Folha de S. Paulo. A afirmação do parlamentar foi feita na esteira da repercussão das joias sauditas, avaliadas em R$ 16,5 milhões, que foram dadas pela monarquia saudita ao governo brasileiro e que Bolsonaro tentou introduzir ilegalmente no país, além de tentar incorporar os itens ao seu acervo pessoal. 

“Tudo que eu recebi foi boné, sacola”, assegurou Mourão. “Então foram os presentes que eu recebi. Aqueles que eram presentes, vamos dizer assim, de maior valor, eu deixei no acervo da Vice-Presidência. Tem um depósito lá e estão no depósito”, ressaltou.

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Ainda segundo ele,  o responsável pelo transporte das joias de maneira “incorreta”, deve pagar pela ilegalidade. “Você tem em tese o transporte de um material que era um presente para o presidente da República e sua esposa que poderia ter sido feito pela mala diplomática, de outras formas. Se tem alguém que transportou isso da forma que não era correta, essa pessoa vai terminar pagando”, destacou. 

Ainda conforme Mourão, Bolsonaro conseguirá explicar o caso “tranquilamente". "Parte delas [das joias] estão lá na Receita Federal, no aeroporto de Guarulhos. É só recolher e mandar para o acervo da Presidência. Aquele outro pacote que teria ficado com o presidente, ele entrega e acabou. Morre o assunto", disse em referência a um segundo pacote de joias masculinas, avaliadas em cerca de R$ 4090 mil, que Bolsonaro incorporou ao seu acervo pessoal. 

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