CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

Solecismos e outras bobagens "MEC-apoiadas"

Sim, senhoras e senhores, nossos alunos recebem livros para ensinar o que é errado

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

O presidente Lula tem e teve os seus méritos à frente da atual sétima maior economia mundial, principalmente pelo carisma, capacidade de articulação política e oratória.

Demérito, claro - e isso ninguém nega – face a sua capacidade de lidar com a norma culta. Ele era especialista na inadequação de estruturas sintáticas de frases, praticando o que se chama de solecismo.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Por acaso, eu sabia que um dia isso ia virar escola. Melhor: virou livro e atente para a frase: "Nós pega o peixe".

O que há de errado nesta frase se for proferida pelo ex-presidente? Nada. Mas e se ela estiver num livro de alfabetização? Sim, senhoras e senhores, um livro para ensinar o que é errado.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Segundo consta, o livro rodou quase 500 mil exemplares distribuídos para uma população do programa EJA - Educação para Jovens e Adultos. Rendeu a editora 5 milhões de reais. 700 mil pilas para a autora que saiu em defesa de sua obra em cadeia nacional.

Ruy Castro, escritor e jornalista, afirmou que a obra que mais lhe rendeu foi a biografia do Garrincha (Estrela Solitária): 70 mil reais. Paulo Coelho raramente roda mais do que 100 mil exemplares de qualquer livro de uma só vez porque há o risco do encalhe. Mas, por outro lado, vender pro governo é ótimo, já se sai com meio milhão de cópias garantidas. Ah sim, ia esquecendo: independente do conteúdo se bom ou ruim e do ponto-de-vista de quem lê (se sabe ler...).

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Aliás, quem se lembra da última polêmica envolvendo livros do MEC, com o conto "Obscenidades para uma dona-de-casa" de Ignácio de Loyola Brandão?

Voltando ao assunto, como afirmou Heloisa Ramos, autora do livro que é o cerne da polêmica, "O ensino que a gente defende e quer da língua é um ensino bastante plural, com diferentes gêneros textuais, com diferentes práticas, diferentes situações de comunicação para que essa desenvoltura linguística aconteça".

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Vicente Matheus, (quem não se lembra?) lendário dirigente do Timão, disparava algumas de suas hilárias pérolas linguísticas contextualizadas para o esporte bretão o que gravava de normalidade, mormente pela originalidade.

Certa vez, fraseou ao considerar um jogador não disponível para empréstimo como um jogador "imprestável". Fazia sentido caricato. E só. A graça acabou.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Afinal, se meus filhos, netos disserem "Os livro mais interessante estão emprestado" e se eu eventualnte repreendê-los, posso ser considerado um preconceituoso linguístico e - como dizem na televisão - preconceito é crime! Posso até ir pro xilindró (já que é pra usar o popular).

E o livro insiste: "Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever tomando as regras estabelecidas para norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas (...) "Não queremos ensinar errado, mas deixar claro que cada linguagem é adequada para uma situação", alega a autora.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ora, ora, então pra que serve a escola? E o professor?

Pra que serve quem escreveu isso?

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO