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Subordinada a Moro, PF abre 4 inquéritos sobre divulgação de mensagens

Subordinada ao ministro Sérgio Moro (Justiça), a PF instaurou quatro inquéritos para investigar o vazamento de mensagens do celular dele com procuradores do MPF-PR na tentativa de interferir no trabalho do órgão durante a Operação Lava Jato e tirar o ex-presidente Lula da eleição de 2018; na época das conversas, ele era juiz federal na primeira instância

Subordinada a Moro, PF abre 4 inquéritos sobre divulgação de mensagens (Foto: ABR)
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247 - Subordinada ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, a Polícia Federal (PF) instaurou quatro inquéritos para investigar o vazamento de mensagens de celular do atual chefe da pasta com procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR) quando o ex-juiz era responsável pelo julgamento dos processos em primeira instância na Operação Lava Jato. O titular da pasta e membros do MPF-PR alegam a ação de hackers no aplicativo Telegram. Reportagens do Intercept Brasil, divulgadas no último domingo (9), mostraram que Moro dialogou virtualmente com acusadores na tentativa de interferir no trabalho do órgão. Em outra matéria do site, procurador Deltan Dallagnol, ao conversar com o então magistrado, duvida da existência de provas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do triplex em Guarujá (SP).

Os investigadores estão colhendo indícios sobre a autoria, sobre quem teve acesso às conversas do ministro e qual o método usado pelos hackers. De acordo com investigadores, hackers teriam clonado o número de Moro, abriram ou reativaram a conta do ministro no Telegram e se passaram por ele. Moro desativou a linha invadida.

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Uma matéria apontou que Moro "sugeriu trocar a ordem de fases da Lava Jato, cobrou novas operações, deu conselhos e pistas e antecipou ao menos uma decisão, mostram conversas privadas ao longo de dois anos". No diálogo com Dalagnol pelo aplicativo Telegram ele escreve: "Talvez fosse o caso de inverter a ordem da duas planejadas". "Não é muito tempo sem operação?", questionou.

De acordo com outra reportagem do site, o procurador duvidava da existência de provas contra Lula, acusado de ter recebido um apartamento da OAS como propina.

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"No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira, Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ, formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: 'Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua'", diz o site.

Segundo a revista Época, o procurador regional José Robalinho Cavalcanti, ex-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, trocou mensagens pelo Telegram na noite desta terça-feira (11) com uma pessoa que se passou por um procurador integrante do Conselho Nacional do Ministério Público e, em seguida, afirmou ser um hacker. O procurador, candidato à lista tríplice para ser o novo procurador-geral da República, recebeu mensagens enviadas como se partissem de Marcelo Weitzel, que foi procurador-geral da Justiça Militar.

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O suposto hacker enviou a Robalinho um áudio trocado entre procuradores da Lava Jato e informou que aquele conteúdo sairia na imprensa em breve, informou a reportagem. Seria uma forma de fazer o procurador emitir uma opinião a respeito, com provocações para ele criticar a conversa dos procuradores. Mas o procurador ele que não via nada de errado, que aquilo fazia parte de negociações do Ministério Público. Robalinho disse à revista ter respondido apenas "tecnicamente" e que considera não haver nada de mais nos áudios.

 

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