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Brasil

Superbactéria KPC ainda se espalha em Brasília

Sindicato dos Mdicos do DF denuncia a falta de lcool e materiais para os profissionais esterilizarem as mos aps procedimentos cirrgicos nos hospitais pblicos

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Naira Trindade_ Brasília247 – A falta do hábito simples de lavar as mãos – pouco praticado pelos profissionais de saúde nos hospitais do Distrito Federal – colaborou para aumentar o contágio da superbactéria klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). O Brasília 247 apurou que a Secretaria de Saúde recebeu 800 notificações da bactéria de janeiro de 2010 até junho deste ano. Para o presidente do Sindicato dos Médicos, Guttemberg Fialho, o problema é agravado na rede pública pela falta de materiais de esterilização e de insumos.

"Falta álcool 70%, esparadrapos para trocar curativos, cateter e antibiótico", denuncia Guttemberg Fialho. Sem os materiais, a bactéria resistente a 95% dos antibióticos do mercado farmacêutico permanece por mais tempo em contato com o paciente debilitado, aumentando as chances do contágio. "Não se pode transferir para o profissional de saúde uma responsabilidade que é da Secretaria de Saúde, que deveria fornecer os insumos", criticou. "Médicos, técnicos e enfermeiros ficam expostos aos riscos sem o fornecimento dos materiais adequados".

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Professora de bacteriologia e microbiologia química pelo Centro Universitário de Brasília, Fabíola Castro concorda que a ausência dos produtos de saúde agrava a proliferação da bactéria, mas argumenta que a simples lavagem das mãos com água e sabão evitaria novos casos. "O álcool 70% é uma alternativa e não a única forma de higienização", diz. "Água e sabão matam a bactéria", diz.

Os casos de KPC registrados em 28 hospitais públicos e privados do Distrito Federal são acompanhados pela equipe de profissionais da Gerência de Investigação e Prevenção a Infecção e Eventos Adversos em Serviços de Saúde (Gepeas). Todos os meses, a gerência faz um relatório de controle da bactéria com gráficos que demonstram o aumento do contágio.

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Balanço divulgado recentemente pela Secretaria de Saúde aponta que, desde o primeiro caso registrado em janeiro de 2010 até março deste ano, foram 457 casos de crianças, adolescentes, adultos e idosos com o micro—organismo. Deles, 329 estão colonizados, ou seja, têm a bactéria no organismo, mas não desenvolveram os sintomas, e 128 foram infectados. A maioria dos infectados tem entre 36 e 60 anos e foi contaminada enquanto estava internada numa unidade de terapia intensiva. O Brasília 247 apurou que havia 800 casos até junho deste ano.

O monitoramento rigoroso pela Gepeas do micro-organismo favorece a elaboração de políticas de combate nos pontos mais críticos da rede pública. Após analisar a rotina de 4 mil servidores do Hospital Regional da Asa Sul (Hras) no ano passado, a gerente Eulina Ramos concluiu que apenas 32% deles seguiam o protocolo de lavar as mãos após os procedimentos. Com isso, Eulina se antecipou e pediu a compra de álcool 70% de bolso, para que os profissionais possam carregar o produto no jaleco. No entanto, o material ainda não chegou nos hospitais.

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A KPC surgiu a partir de mutações genéticas em micro-organismos que desenvolveram resistência a esse tipo de medicamento. A identificação é feita por meio da análise de material do sistema digestivo. Para tratar os infectados, há poucos remédios disponíveis. O principal é a polimixina.

A Secretaria de Saúde ainda não informou quais as medidas de combate e as tentativas de reduzir os índices de KPC nos hospitais do Distrito Federal.

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