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Brasil

“Suspeição de Moro é também a suspeição da imprensa”, diz Jessé Souza

Segundo o sociólogo, Folha de S. Paulo, Rede Globo, Uol, Estado de S. Paulo, Bandeirantes, Record e outros veículos da mídia corporativa "estão suspeitos moralmente" após o STF declarar que Moro agiu com parcialidade contra Lula. Assista na TV 247

Jessé Souza e Sergio Moro (Foto: Divulgação)
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247 - Após o ex-juiz Sergio Moro ter sido declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o sociólogo Jessé Souza afirmou à TV 247 nesta quarta-feira (24) que todos os veículos da grande imprensa que compraram a narrativa da Lava Jato foram também declarados suspeitos "moralmente".

Para ele, este é o motivo para a Folha de S. Paulo, por exemplo, dias atrás,  ter publicado uma pesquisa Datafolha tendenciosa tentando abrir caminho para um novo golpe para retirar o ex-presidente Lula das próximas eleições presidenciais.

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"Essa imprensa está sendo julgada. Muitos que dirigem têm um mau-caratismo, estão enganando o público e sabem que estão enganando. Esses caras não são burros. Eles sabem que esse julgamento da suspeição de Moro não está ligado só à pessoa de Moro, é um julgamento da suspeição da grande imprensa brasileira como um todo, obviamente. Então a Folha de S. Paulo está sendo julgada, a Rede Globo idem, o Uol, Estado de S. Paulo, Bandeirantes, Record... Todas esses órgãos foram declarados suspeitos. Isto é extremamente importante. Eles estão suspeitos moralmente. Para o público, eles têm o dever, como o juiz, de ser imparcial. A imprensa tem o dever de ser imparcial, isso é constitucional e moral. Todas as pessoas esperam isso do órgão de imprensa", afirmou Jessé Souza.

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Leia também matéria da Rede Brasil Atual sobre o assunto:

Lula rebate Folha de S.Paulo: ‘Jornalismo de suspeição’

A assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva postou texto contestando matéria do jornal Folha de S.Paulo publicada neste domingo (21). Segundo a nota, a reportagem comete “absurdos jurídicos e de prática jornalística contra o ex-presidente”. Na matéria, intitulada “Empresários querem Terceira via para vencer Bolsonaro ou Lula em 2022”, o jornal afirma que Lula teria recuperado direitos políticos. Mas que não “provou a inocência nos casos de corrupção denunciados pela Lava Jato”. 

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“A afirmação da Folha é incorreta factualmente e equivocada. No estado de direito e de acordo com a Constituição brasileira, diferente da inquisição, cabe ao estado provar a culpa”, diz o texto. “A decisão de anular o caso, por não ter relação com a Petrobrás não só anula as condenações, fazendo de Lula inocente, como qualquer pessoa contra a qual não pesa nenhuma condenação, mas também invalida o coração das denúncias contra ele feitas pela Lava Jato de Curitiba.”

A nota também afirma que a Folha “recicla suspeitas de cinco anos atrás contra o ex-presidente” na matéria. “O jornal inclusive ignora que essa tática de multiplicação de acusações para manter a defesa sobrecarregada fazia parte, como revelam as mensagens dos procuradores analisada pela defesa de Lula, de um  ‘Plano do Lula‘ elaborado por Deltan Dallagnol.” Sem ter sido ouvida pela reportagem, a assessoria de Lula observa que a Folha teve, “há muito tempo”, acesso ao material das mensagens dos procuradores. “O jornal deixou de noticiar muito do que havia naquele material, mas segue publicizando, de forma acrítica, acusações sem base legal contra o ex-presidente”, diz o texto.

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Pesquisa Datafolha e Lula

Nesta segunda-feira, a Folha trouxe pesquisa do instituto Datafolha com uma questão relativa à condenação do ex-presidente. De acordo com o levantamento, 57% acham justa a decisão que o condenou no caso do tríplex, para 38%, foi injusta, e 5% disseram não saber. Entre os entrevistados, 51% acham que Edson Fachin agiu mal ao anular os processos contra Lula e 42% acreditam que o ministro do Supremo Tribunal Federal agiu bem.

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Essas questões e o destaque dado à pesquisa, manchete da edição desta segunda-feira (22), em pleno colapso da saúde no Brasil, chamou a atenção. “Pode parecer inofensiva pesquisa que se propõe a medir a concordância da população com condenação criminal e anulação de processo ilegal. Mas não é. Alimenta o ideal lavajatista de que se pode substituir o direito pela moral. ‘Pra que processo, né? Podia decidir que nem no BBB'”, postou em seu perfil no Twitter o advogado, médico sanitarista e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Daniel Dourado.

“Fora que, se os meios de comunicação ficassem cinco anos afirmando que a terra é plana e, ao final desse período, fizessem pesquisa para saber a opinião das pessoas sobre o terraplanismo, acho que o resultado seria relativamente previsível, né?”, ironizou Dourado.

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A presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também comentou as duas últimas edições do jornal. “Na edição de ontem e na pesquisa de hoje, Folha tenta ressuscitar a suspeição em torno de Lula, pela qual tanto trabalhou. Pq repetir uma pergunta de 4 anos atrás ao invés de pesquisar o cenário eleitoral de hoje? A Folha quer um novo julgamento midiático de Lula?”, questionou.

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