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Temer pede a Fachin para suspender seu depoimento

Os advogados de Temer querem que Fachin reconsidere sua decisão de terça-feira para que a PF pergunte, por escrito, ao presidente. Pela decisão, Temer teria 24 horas para responder após receber os questionamentos da polícia; como pedido alternativo, a defesa do presidente quer que, caso Fachin mantenha o depoimento, não permita a realização de perguntas sobre a conversa entre Temer e Batista interceptada no dia 7 de março

Michel Temer e ministro do STF Edson Fachin .2 (Foto: Leonardo Attuch)
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BRASÍLIA (Reuters) - A defesa do presidente Michel Temer pediu na manhã desta quarta-feira que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin suspenda o interrogatório do presidente até que a Polícia Federal conclua a perícia no áudio da conversa entre ele e o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS e que fechou acordo de delação premiada.

Os advogados de Temer querem que Fachin reconsidere sua decisão de terça-feira para que a PF pergunte, por escrito, ao presidente. Pela decisão, Temer teria 24 horas para responder após receber os questionamentos da polícia.

Como pedido alternativo, a defesa do presidente quer que, caso Fachin mantenha o depoimento, não permita a realização de perguntas sobre a conversa entre Temer e Batista interceptada no dia 7 de março.

"Contudo, é de fácil percepção a absoluta impossibilidade de o presidente da República fornecer respostas enquanto não finalizada a perícia deferida como prioridade por Vossa Excelência. Especialmente, impossíveis de ser respondidos seriam eventuais quesitos que digam respeito a uma gravação que, de antemão, já se sabe fraudada", dizem os defensores de Temer na petição ao Supremo.

A defesa alega que não se pode dar o segundo passo antes do primeiro.

"A desejável celeridade para finalização das investigações não pode atropelar direitos individuais e garantias constitucionais", destacou.

Temer enfrenta grave crise política desde que veio a público a delação e a gravação da conversa, na qual, entre outros pontos, o empresário diz ter influência sobre dois juízes e um procurador.

(Por Ricardo Brito)

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