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“Temos uma combinação explosiva: a PM sem controle e um discurso político de ódio”, diz professor de Direito da FGV

Em entrevista à TV 247, o professor Thiago Amparo comentou a atuação bárbara e truculenta da Polícia Militar de São Paulo em Paraisópolis, que matou 9 jovens. Ele afirmou que o discurso de ódio, marca registrada do governo de Jair Bolsonaro, influencia neste tipo de comportamento da PM. "Quando você une uma instituição de controle, como a da polícia, com um discurso de ódio, isso na verdade potencializa outros tipos de violência”, afirmou. Assista

Thiago Amparo
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247 - O professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Thiago Amparo conversou com a TV 247 acerca do massacre cometido pela Polícia Militar de São Paulo em um baile funk em Paraisópolis, zona sul da capital. Nove jovens foram mortos e diversos vídeos espalhados nas redes provam a truculência com que os agentes conduziram a ação.

Para o professor, a falta de instituições de controle da Polícia Militar aliada ao discurso de ódio, marca registrada do governo Bolsonaro, Wilson Witzel (Rio de Janeiro) e outros têm responsabilidade no aumento de mortes por policiais. “Tem um aumento de mortes por policiais, e inclusive mortes de policiais também. A gente vê uma crescente. Quando você une uma instituição de controle, como a da polícia, com um discurso de ódio, um discurso que incentiva esse tipo de truculência e que ganha eleições com base nisso, isso na verdade potencializa outros tipos de violência”.

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No último mês, levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP) atestou que as mortes pelas mãos da polícia chegaram ao seu nível mais alto desde 1998, ano em que este dado passou a ser contabilizado. À época, o governador do Rio, Wilson Witzel, disse que a marca era resultado de sua “política combativa”.

Thiago Amparo ressaltou que o aumento das mortes cometidas por policiais não é proporcional à redução dos crimes e que, por menor que seja esta redução, em nada tem a ver com o aumento da letalidade das ações policiais. “Se a justificativa para ter violência é a de que se quer diminuir os crimes, isso não é proporcional. Muitos estudiosos falam que onde aconteceu uma leve diminuição de crimes, como no Rio de Janeiro, na verdade tem outros fatores que explicam essas reduções”.

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O professor classificou como “combinação explosiva” a ausência de controle da Polícia Militar com o discurso de ódio propagado no meio político. “Não significa que não tinham outros casos de violência antigamente, mas temos uma combinação explosiva hoje, uma instituição que é grande, que tem cada vez menos instituições de controle, e ao mesmo tempo um discurso político que permite esse tipo de violência”.

Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra:

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