Tereza Cruvinel: acuado por escândalo, Bolsonaro agora prega conciliação
A jornalista Tereza Cruvinel observa que o discurso feito pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que enfrenta "um escândalo de precocidade inédita", durante sua cerimônia de diplomação foi "o mais conciliador de que se tem notícia"; após passar todo o período de campanha atacando adversários e a imprensa "o Bolsonaro que discursou ontem era outro", diz; "Nunca um presidente foi alvo de um escândalo antes da posse", destaca em referência a movimentação de R$ 1,2 milhão feita por um ex-assessor de seu filho; "Escândalos desta natureza são como fogo de morro acima, ninguém segura", afirma a jornalista
247 - A jornalista Tereza Cruvinel observa que o discurso feito pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que enfrenta "um escândalo de precocidade inédita", durante sua cerimônia de diplomação foi "o mais conciliador de que se tem notícia. Institucionalizou-se, finalmente". Ela relembra que "após receber a maior votação no primeiro turno, Bolsonaro declarou a manifestantes, em transmissão digital, que os "marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria". Seriam presos ou teriam que se exilar", diz. Ela também destaca que após sua vitória no segundo turno "não pregou a pacificação do país, como é de praxe naquela hora, não se referiu aos que não votaram nele, e nas primeiras entrevistas, atacou não apenas os adversários, como também a imprensa".
"O Bolsonaro que discursou ontem era outro. "Governarei em benefício de todos, sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião", prometeu ontem o homem que se notabilizou pelo antagonismo com gays, negros e índios, pelo desapreço às mulheres, e pelas referências ao PT e outras forças de esquerda como "inimigos" a serem batidos."Aos que não me apoiaram, peço a sua confiança para construirmos juntos um futuro melhor para o nosso país". Para quem prometia cadeia e exílio, que progresso!", ressalta Tereza em sua coluna no Jornal do Brasil.
"Antes mesmo de sentar-se na cadeira de presidente, Bolsonaro está sendo "ajeitado" pelas circunstâncias. Nunca um presidente foi alvo de um escândalo antes da posse", observa em referência "a trama que envolve o PM Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho Flávio, senador eleito, quando era deputado estadual. Da conta em que ele movimentou mais de R$ 1,2 milhão em um ano, saiu um cheque para a futura primeira-dama Michele. Bolsonaro apressou-se a dizer que se tratava do pagamento de uma dívida que o PM tinha para com ele"
"Escândalos desta natureza são como fogo de morro acima, ninguém segura", afirma.
Leia a íntegra da coluna no Jornal do Brasil.
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